O prefeito de Ribeirão Pires e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Clóvis Volpi (PV), jogou água no chope da Frente Parlamentar Regional.

O órgão, formado pelos presidentes das sete câmaras da região e pelos demais vereadores, quer afinar o relacionamento com o Consórcio. Entretanto, os parlamentares só terão espaço na entidade a partir de maio.

A próxima reunião do colegiado de prefeitos será no dia 5 e contará com a visita da senadora e pré-candidata à Presidência da República Marina Silva (PV-AC). "Se isso acontecer, será muito difícil ter espaço para discussões como a da Frente Parlamentar. Pode ser que entre para maio", disse Volpi. Embora não tenham conversas agendadas a questão é considerada prioritária pelo Consórcio.

De acordo com o verde, os vereadores já tentaram abrir o diálogo no ano passado. "Houve uma conversa com o Auricchio (José Aurrichio Júnior, prefeito de São Caetano pelo PTB e presidente do Consórcio em 2009), no fim do mandato dele, e havíamos cogitado essa possibilidade de abertura de espaço. Ainda não posso te precisar o quanto de espaço vai ser aberto porque não houve uma discussão", disse. "Eles já tomaram essa iniciativa. Agora é que vamos discutir a viabilidade, onde e como eles participariam, como seria feito", emendou Volpi.

O grupo dos vereadores é liderado por Otávio Manente (PPS-São Bernardo) e Rogério Santana (PT-Mauá). O último encontro da Frente Parlamentar ocorreu na Câmara de Mauá, no dia 8.

Na reunião, os vereadores afirmaram que necessitam de uma maior inserção na entidade intermunicipal para reivindicar pautas. Uma delas é a vinda de um IML (Instituto Médico-Legal) para Mauá.

"Nunca houve objeção por parte de qualquer prefeito para que possamos fazer parte das discussões. Faltou afinar essa conversa", explicou Manente. O popular-socialista é o responsável para acertar com Volpi uma data para o diálogo.

Sobre a possibilidade aventada pelo chefe do Executivo de Ribeirão Pires, de só abrir o espaço para a Frente em maio, Manente se esquivou. "Tenho que conversar com ele. É deselegante dizer qualquer coisa. Se ele me falar disso, vamos ter que sentar e discutir."