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Goleiras de handebol nao temem bola na cara em Sydney
Do Diário do Grande ABC
07/09/2000 | 21:24
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Em vez de avançar para tentar aumentar o marcador, um trio da Seleçao Brasileira de handebol se destaca na linha de tiro das adversárias, sem medo de artilharia pesada. As goleiras Chana (titular), Fátima e Meg (reservas) estao prontas para dar o rosto - literalmente - a boladas para salvar a meta brasileira nas Olimpíadas de Sydney. "As vezes, até gosto de levar uma bolada no rosto. Desperta mais, te deixa mais atenta num jogo difícil", conta Fátima, chamada de "maluca" pela família por ser goleira de handebol.

Chana nao fica atrás na maluquice. "Antes, quando eu estava começando, tirava a cara. Hoje, dou a cara para a bola", diz a titular. "Nunca tive medo da bola, goleira sem coragem nao existe", afirma Chana, 21 anos, que pegou seis tiros de sete metros (o pênalti do handebol) na final dos Jogos Pan-Americanos, no ano passado, em Winnipeg (Canadá). As brasileiras derrotaram o time da casa por 31 a 27, conquistaram o ouro na competiçao e se classificaram para Sydney.

Nas Olimpíadas, Chana terá frente a frente potências com Dinamarca (campea olímpica) e Noruega (campea mundial) na primeira fase. Medo? "De jeito nenhum. Nossa equipe cresceu muito", aposta a goleira, eleita a melhor jogadora em dois confrontos da Seleçao no último Mundial, contra a Hungria e a China.

Fátima começou no esporte no arremesso de peso. Quando optou pelo handebol, o gol foi a primeira opçao da atleta que tem hoje 31 anos. "Em casa me apoiaram, mas, até hoje uns amigos me chama de maluca", diz Fátima, campea brasileira pelo Mauá, de Sao Gonçalo (RJ). "Mas acabou sendo bom. Sou tímida e, no gol, me transformo", conta.

Meg, 34 anos, a mais experiente da Seleçao, afirma que uma defesa num lance que tem tudo para resultar em gol levanta a equipe. "Acredito que o goleiro de handebol é mais de meio time. O goleiro acaba analisando o jogo, consegue orientar os companheiros porque vê a partida em detalhes", acredita Meg.




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