Villepin declarou ainda, em um pronunciamento à radio estatal francesa France-Inter, a criação de uma 'célula de crise' em Paris para preparar uma resposta à crise do país mais pobre da América Latina e antiga colônia francesa.
"Queremos refletir sobre o que se pode fazer em caráter de urgência. Talvez uma força de paz", disse o ministro.
"Estamos em contato com nossos interlocutores nas Nações Unidas, que enviaram uma missão humanitária, para ver o que se pode fazer", acrescentou.
O governo francês disse poder intervir na crise haitiana, e que muitos países estão dispostos a ajudar.
"Temos uma plataforma, temos elementos muito importantes perto do Haiti com nossos departamentos na Antilhas e Guiana", disse Villepin.
Pedido de ajuda - A decisão francesa de enviar ajuda ao Haiti foi tomada pelo pedido do presidente Aristide, realizado na segunda-feira, dia 16, após a cidade de Hinche cair no poder dos ex-militares haitianos. Na ocupação da região três policiais foram mortos.
A revolta armada contra o governo atual do Haiti, que controla também a cidade de Gonaives, ao norte de Porto Príncipe, já causou 55 mortes nos últimos dez dias.
O restante do país ainda não foi atingido pela rebelião.
A República Dominicana fechou, na segunda-feira, sua fronteira de 360 quilômetros com o Haiti, já que o governo dominicano especula a possibilidade de um êxodo da população haitiana.
A Revolta - A insatisfação civil e paramilitar do Haiti com o governo de Aristide, ex-padre e eleito por voto popular, deve-se a suspensão de milhões de dólares em doações realizadas por outros países por motivos de fraudes nas eleições legislativas de 2000.
Contudo, protestos contra corrupção e má administração de Aristide têm ocorrido no país há vários meses.
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