Jairzinho Oliveira, o filho de Jair Rodrigues, leva neste domingo ao Sesc Interlagos, em São Paulo, o amálgama de referências musicais (black music e ritmos brasileiros, sobretudo) que forma seu repertório. A seguir, Moraes Moreira sobe ao palco para fazer um apanhado de sua carreira, o que inclui de sucessos dos Novos Baianos a músicas do disco novo, Bahião com H. Os shows têm entrada franca (antecipados) ou a R$ 5 (na hora), estão na pauta do Bem Brasil e serão transmitidos ao vivo, a partir das 11h, pela TV Cultura.

Produtor, compositor, cantor e arranjador, o eclético Jairzinho tem nas diversas influências musicais a marca da sua música desde que voltou da Berklee School of Music, em Boston, nos Estados Unidos, onde estudou de 1993 a 1998. Soul music, samba, MPB, jazz, hip hop e funk convivem sem problemas em suas canções. A harmonia e a melodia de Djavan e João Bosco, além da música de Gilberto Gil e Tom Jobim, também estão presentes em seu liquidificador sonoro.

O músico, de 26 anos, começou a carreira aos 5, cantando Deus Salvador com o pai, e compõe desde os 13. Antes de sair do Brasil, Jairzinho, ex-componente da Turma do Balão Mágico, cantava apenas em projetos organizados por gravadoras, mas hoje já assumiu controle total sobre seu trabalho. O CD Dis’Ritmia, lançado no ano passado, é um exemplo disso.

Moraes, por sua vez, já inscreveu seu nome na história da MPB. Com sua fusão de choro, ritmos nordestinos, rock e samba, o disco Acabou Chorare, dos Novos Baianos, grupo que integrou no início dos anos 70, é um marco da moderna música brasileira. Os destaques do CD Bahião com H são as músicas Nordeste Cosmopolita e Bahião com H. As guitarras e o bandolim de Armandinho dão fôlego ao trabalho, no qual o forró é a principal referência.