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ONU quer sensibilizar poder público no Dia Mundial da Água
Das Agências
21/03/2001 | 14:03
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O Dia Mundial da Água, que a ONU celebra este 22 de março desde 1994, está destinado a sensibilizar a opinião e os poderes públicos sobre a ‘‘sede gigantesca’’ que a Terra poderá sofrer em 2050.

Organizado a cada ano por uma das 24 agências especializadas da ONU, o Dia Mundial da Água dá lugar nos cinco continentes a numerosas iniciativas estatais e privadas.

Este ano foi adotado o lema ‘‘a água e a saúde’’ e a organização esteve a cargo da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A água potável representa somente uma porcentagem mínima da água do planeta, da qual 98% é salgada ou inacessível, lembra o órgão consultor PricewaterCoopers (PWC).

Além disso, a água potável está distribuída de maneira desigual, considerando que 23 países possuem dois terços dos recursos mundiais (Brasil, Canadá, China, Colômbia, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Rússia e os 14 membros da União Européia).

A exploração excessiva de rios e camadas freáticas, a poluição, o desperdício, o crescimento demográfico e a urbanização incontrolada podem transformar a escassez atual (menos 1.000 m3 por pessoa), que afeta 250 milhões de habitantes de 26 países, ‘‘em uma gigantesca sede’’ que abrangeria cerca de dois terços da população mundial em 2050, assinala PWC em seu informe.

A água é a ‘‘primeira causa de mortalidade e de enfermidade’’ no mundo direta ou indiretamente. Três milhões de menores de menos de cinco anos morrem anualmente por falta de água potável, acrescenta o documento.

Além das considerações sociais e sanitárias, a água apresenta problemas alimentares, considerando que 40% da alimentação mundial procede da agricultura irrigada; climáticos, pois as inundações representam um terço das catástrofes naturais; geopolíticos, porque dois terços dos grandes rios e das camadas freáticas são transfronteiriços; e ecológicos (metade dos grandes lagos e rios está poluída).

Para cobrir as necessidades de 8 bilhões de habitantes em 2025 e melhorar a situação social e sanitária, seria necessário investir US$ 180 bilhões anuais, quando essa soma atual eq6Uivale a 70 ou 80 bilhões.




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