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Procurador-geral quer que MP investigue uso de empresa laranja
25/11/2007 | 07:12
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Junto com a denúncia que descreve o esquema de financiamento ilegal da campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais, em 1998, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, recomenda expressamente que o Ministério Público de Minas investigue o uso de empresa laranja no esquema de desvio de verba pública da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais).

Os documentos que recheiam os arquivos oficiais da estatal e a contabilidade formal das empresas de Marcos Valério dizem que a laranja, a Graffar Editora Gráfica Ltda., recebeu sozinha 87% do R$ 1,6 milhão referente à produção de uma campanha publicitária.

A Graffar recebeu, segundo a papelada apreendida pela Polícia Federal, R$ 1,4 milhão para produzir 1,5 milhão de revistas, 500 mil cartazes e 800 mil cartilhas para a campanha Uso Eficiente de Energia, encomendada pela Cemig à agência de publicidade SMPB, de Valério. A empresa teria sido subcontratada para os serviços de impressão.

Mas a Polícia Federal afirma que a empresa não teria produzido um único folder para a estatal. Conforme as investigações, a Graffar produziu material de propaganda para a campanha de Azeredo. O procurador cita o caso porque, para ele, há “uma fartura de provas” sobre os envolvidos. Como nenhum deles tem direito a foro privilegiado e eventuais processos são de alçada da Justiça Estadual, Souza pediu ao Supremo Tribunal Federal que remeta os documentos à promotoria mineira.




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