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Rita provoca estragos muito menores do que os causados pelo Katrina
Da AFP
25/09/2005 | 10:59
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Equipes de socorro buscavam neste domingo vítimas do furacão Rita, que continuava provocando fortes chuvas no sul dos Estados Unidos. Apesar de ter danificado casas, a infra-estrutura local e provocado incêndios e tornados, a destruição causada pelo Rita não se compara aos estragos do Katrina.

Autoridades locais ainda temem que as chuvas possam provocar grandes inundações em áreas densamente povoadas do norte do Texas, Arkansas e no vale do rio Mississippi, depois que o Rita se transformou em tempestade tropical.

Segundo o último boletim do Centro Nacional de Furacões, as condições climáticas continuam severas, e a ameaça de inundações persiste. O centro também lançou um alerta de tornados na região.

Na cidade de Port Arthur, Texas, por onde passou o olho do Rita, o nível das águas chegava à cintura, árvores caíram e cabos de eletricidade foram derrubados. O acesso à principal refinaria local foi bloqueado pelo furacão, e autoridades prenderam nove pessoas por saque, além de decretar toque de recolher.

Na Louisiana, a localidade de Earth (de 2,1 mil habitantes) estava inundada por 1,20 metro de água, segundo socorristas. A Guarda Costeira resgatou 40 pessoas. Já a governadora Kathleen Blanco informou à CNN que 250 pessoas haviam sido resgatadas na paróquia de Vermilion, e outras mil precisavam de ajuda.

Já na cidade de Lake Charles, que sofreu sérios danos, policiais e bombeiros percorreram casa por casa em busca de vítimas. "Não foi tão ruim quanto eu temia (...) Tivemos sorte", comentou o chefe de polícia, Don Dixon.

Em Texas, Louisiana e Mississippi, 1,14 milhão de pessoas estavam sem eletricidade, uma cifra que deverá aumentar. Em Houston, a população começava a voltar para casa, apesar de o presidente George W. Bush ter pedido para as pessoas aguardarem até que as equipes de emergência concluíssem seu trabalho.

Em Nova Orleans, uma cidade-fantasma após a passagem do Katrina, em agosto, algumas áreas voltaram a ficar inundadas, com até 2,4 metros de água. Mesmo assim, o prefeito Ray Nagin disse que retomará os planos de repovoar os bairros menos afetados, o que poderá acontecer a partir de segunda-feira. "O Katrina foi o ciclo de lavagem, e o Rita foi o enxagüe. Espero que tenhamos tempo de secar sem a necessidade de centrifugar", disse Nagin, comparando a situação aos ciclos de uma máquina de lavar.




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