Centenas de sites dinamarqueses foram atacados nos últimos dias por hackers após a publicação de charges de Maomé por jornais da Dinamarca, informaram nesta quarta-feira especialistas em segurança na internet. Os hackers modificaram as páginas iniciais dos sites e as substituíram por páginas dedicadas à glória do Islã e à condenação das charges de Maomé, explicou Peter Kruse, da empresa dinamarquesa de segurança CSIS.

Os hackers operam principalmente do Oriente Médio e coordenam seus ataques para que sejam mais eficazes. "Não são hackers com grande experiência", estima Kruse. Para o especialistas em segurança Ulf Munkedal, da Fort Consult, "trata-se da pirataria política e religiosa mais forte que já aconteceu na Dinamarca".

"Mais de 500 portais foram atacados nos últimos dias, 60 deles na quarta-feira às 15H55 locais (12H55 de Brasília), mas houve também na sexta-feira, dia da oração (muçulmana). Tememos uma verdadeira avalanche de ataques", acrescentou. Grandes sites, como os do governo e o do jornal Jyllands-Posten, foram atacados, mas sua segurança foi suficientemente eficaz para protegê-los.