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Alerta de bomba atrapalha Natal de náufrago cubano
Do Diário do Grande ABC
25/12/1999 | 17:19
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O menino cubano Elian González, 6 anos, centro de uma disputa internacional entre Cuba e Estados Unidos, comemorou a noite de Natal com seus parentes em Miami (Flórida), mas um alerta de bomba quase acabou com a festa.

Na noite desta sexta-feira, Elian podia ser visto andando de bicicleta com um primo, enquanto a ceia era preparada. Ele brincou diante das câmeras de uma emissora de televisao e disse em inglês "I love you Miami" (Miami, eu te amo).

Antes da ceia, a tranqüilidade deu lugar à tensao na casa da família pela primeira vez desde que o menino foi resgatado na costa de Fort Lauderdale em 25 de novembro passado.

Seus familiares ficaram nervosos ao perceber a presença de um grupo de desconhecidos que os filmava de perto. Uma equipe da rede de televisao ABC começou a filmá-los e entao o grupo entrou em uma caminhonete e deixou o local.

Minutos depois, o serviço de correios entregou dois pacotes na casa onde vive Elian. A família, desconfiada, chamou a equipe antibombas da polícia de Miami.

Os jornalistas presentes no local viram a chegada dos policiais, em trajes militares, que em seguida começaram a examinar os pacotes. Quinze minutos depois, os explodiram como medida preventiva. "Provavelmente só explodimos presentes de Natal", disse o tenente da polícia de Miami, Bill Schwartz. "Mas estamos em uma situaçao em que temos que levar muito a sério tudo o que acontece neste bairro", continuou.

Schwartz explicou que a polícia está tentando localizar a caminhonete que seguiu a família de Elian antes de desaparecer. O tenente explicou que seus ocupantes se identificaram como membros de uma equipe de uma emissora de televisao argentina, mas disse ter considerado sua atitude suspeita.

Enquanto os parentes de Elian comemoravam a noite de Natal ao estilo cubano, o destino do menino continua incerto. O governo cubano continua pressionando para que ele volte o quanto antes para Cuba e os serviços americanos de Imigraçao poderao a qualquer momento tomar uma posiçao entre deixar Elian em Miami ou entregá-lo ao pai, que vive em Cuba.

Elian foi o único sobrevivente do naufrágio em que morreram sua mae, seu padrasto e outras 11 pessoas.




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