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'Marinho joga povo contra vereadores'
Beto Silva
06/06/2009 | 09:18
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O vereador de São Bernardo Admir Ferro (PSDB) saiu em defesa da bancada de oposição ao declarar que o prefeito Luiz Marinho (PT) lidera um movimento para colocar a população contra os vereadores tucanos, do PSB e do PMDB.

A afirmação de Ferro ocorreu em resposta ao petista, que ontem frisou que "não comenta sobre quem não sabe o que está falando". Marinho havia sido indagado sobre o impasse vivido pela Câmara e o endurecimento da base oposicionista para aprovar matérias do Executivo, principalmente a reforma administrativa.

Espalham pela cidade que nós estamos barrando as propostas e, com isso, a cidade não anda. É mentira. Quem não sabe o que estão falando são eles, sempre. Nós nem analisamos se os projetos de mudanças são bons para o município ou não. A única coisa que fizemos foi constatar que, do jeito que estava, era inconstitucional e ilegal", analisou o parlamentar tucano.

REFORMA
O prefeito Luiz Marinho admitiu que a não implementação da reforma administrativa, barrada em duas oportunidades na Câmara, afeta o andamento da Prefeitura.
O petista observou que se as mudanças estruturais propostas em três projetos de lei já estivessem em vigor, sua gestão ganharia em agilidade e eficácia.

"Reforma é exatamente para isso, para implementarmos o programa de governo de forma mais veloz. Mas não estamos parados pela ausência. Ela ajudaria a incrementar o conjunto de mudanças que estamos fazendo na cidade", afirmou Marinho, em uma rara declaração pública sobre o assunto, ontem, após evento do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, no Teatro Cacilda Becker, em São Bernardo.

As modificações pretendidas pelo chefe do Executivo estão divididas em três fases: uma matéria versa sobre a criação da Secretaria de Segurança, outra acerca de modernização no sistema de Saúde e outra maior, que abrange trocas de departamentos, criação e extinção de cargos e concepção de novas Pastas, como Cultura e Gestão Ambiental, promessas de campanha do petista.

As proposituras foram apreciadas pelos vereadores em duas ocasiões. Em ambas, a bancada de oposição, formada pelos parlamentares do PSB, PSDB e PMDB, concedeu pareceres de inconstitucionalidade e ilegalidade, por não apresentarem a descrição e responsabilidades das novas funções que serão estabelecidas.

"Respeito o Legislativo, que tem seu tempo de funcionamento. Eles (os vereadores) não se entenderam ainda. Vamos aguardar o tempo deles para enviar novamente a reforma", discorreu Luiz Marinho.

Sobre a estratégia da oposição de sair do plenário no momento de votações para impedir a aprovação de proposituras do grupo de sustentação do governo, o prefeito foi evasivo. "Não discuto estratégias políticas."




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