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Redução de jornada será luta das Centrais em 2008
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
13/01/2008 | 07:07
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O movimento sindical já definiu as principais bandeiras que serão defendidas pelas centrais em 2008: redução da jornada de trabalho, ratificação das convenções 151 e 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e reforma tributária.

Em reunião realizada na última quinta-feira, dirigentes de seis centrais estabeleceram medidas a serem tomadas já neste mês para buscar apoio e a concretização das reivindicações.

Uma delas é o lançamento do abaixo-assinado – conforme a sugestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que pedirá a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. De 21 de janeiro a 1º de maio, as entidades esperam obter 1 milhão de assinaturas – não apenas de trabalhadores, mas da sociedade como um todo.

“Com a redução da jornada, esperamos que sejam criados, de imediato, 2,5 milhões de empregos. Se combinada com uma diminuição na quantidade de horas extras, isso vai para 3,5 milhões de empregos gerados”, explica Rosane Silva, secretária de Política Sindical da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a mudança na jornada de trabalho não poderá ser feita por um projeto de lei, mas sim por uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que já está pronta e em análise pelas comissões no Senado.

“Também estamos orientando para que isso seja levado para todos os setores nas negociações durante as campanhas salariais”, conta o sindicalista.

As centrais também pretendem entrar na briga com os servidores públicos federais caso o governo corte o reajuste salarial negociado no último ano.

“O trabalhador não pode pagar a conta pela CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Muito menos ter o acordo jogado fora. É preciso uma reforma mais justa e para todos”, afirma Rosane.

Até por conta do caso dos funcionários federais, as pressões pela ratificação da convenção 151 da OIT, que regulamenta a negociação coletiva dos trabalhadores do serviço público com seus gestores, devem crescer neste ano.

Segundo a dirigente da CUT, o projeto sobre essa convenção está pronto no Executivo, aguardando apenas o parecer favorável da Casa Civil para ser encaminhado ao Congresso Nacional.

Já a convenção 158, que não permite a demissão sem justa causa, ainda precisa ter o texto elaborado pelo Executivo para ser encaminhado à Casa. Mesmo assim, os sindicalistas querem a ratificação ainda neste trimestre.



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