Uma operação policial para desalojar cerca de 40.000 professores em greve em Oaxaca (sul do México) terminou em dezenas de feridos, disse o secretário de Governo, Carlos Abascal, desmentindo as declarações do líder sindical da categoria que denunciou várias mortes.

De manhã, em entrevista à W Radio, o dirigente sindicalista Enrique Rueda garantiu que pelo menos quatro pessoas morreram no confronto.

"São quatro pessoas pelo menos", afirmou, em debate por telefone, no qual foi desmentido pelo governador do estado, Ulises Ruiz. "Que digam onde estão (os mortos)", rebateu o governador, no ar, por telefone.

"Não temos absolutamente nenhum registro de mortos e varremos a informação em todos os hospitais da zona", declarou, à tarde, Carlos Abascal, na coletiva de imprensa realizada na capital mexicana.

Fontes da Cruz Vermelha consultadas confirmaram até agora dezenas de feridos por causa do conflito, entre eles três crianças.

Cerca de 2.000 policiais entraram na madrugada de hoje na praça central de Oaxaca, lançando bombas de gás lacrimogêneo nos professores, acampados no local desde 22 de maio.

O secretário de Governo disse que amanhã será instalada uma mesa de negociação, enquanto que o Congresso manifestou sua rejeição à violência como mecanismo de solução de conflitos entre sindicatos e governo.