A meta de inflação para este ano é de 3,5%. Fraga disse, durante café da manhã organizado pela Ordem dos Economistas em São Paulo Fraga, que o sistema de metas é uma das formas de impedir que o governo caia na "tentação do curto prazo”, que seria o incentivo ao crescimento desordenado da economia do país, com reflexos a longo prazo na inflação.

Apesar de afastar a “tentação” do crescimento desordenado, Fraga informou que “o crescimento econômico é prioridade do atual governo e dos candidatos”. O economista afirmou que esta é uma indicação positiva do amadurecimento econômico dos políticos do país.

Fraga defendeu as metas dizendo que elas não impedem que o BC tenha a “flexibilidade necessária para enfrentar” choques e volatilidade do mercado. Ele acredita que o cenário econômico é “mais positivo” neste ano e o Brasil pode entrar em um ciclo de crescimento “que pode seguir o que ocorreu nos anos 70”, conhecido como “milagre” econômico brasileiro.

O economista lembrou que a ata da reunião do Copom, que baixou os juros para 18,75%, será divulgada nesta quinta-feira. Fraga informou que o documento vai detalhar a interpretação do cenário econômico brasileiro feita pelo BC.

O presidente do BC também aproveitou a oportunidade para defender a isenção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para o mercado de capitais. Segundo Fraga, o fim da CPMF na Bolsa de Valores aumentaria a poupança interna do país.