Dos 25 jogos que o Santo André fez na temporada, apenas um jogador participou de todos: o goleiro Neneca. No início da semana, porém, o então titular acertou transferência ao América-MG, abrindo espaço a Gustavo, que desde 2010 espera por uma chance.

No entanto, o reserva tem contrato apenas até o dia 10, sem a certeza de que permanecerá no clube. Mas essa é a sua vontade. "Minha expectativa é a de ficar. Só saio quando o clube não me quiser mais ou quando conseguir voltar para a Série B (do Brasileiro)", afirmou o jogador, sem se importar em disputar a Série C.

Gustavo disse que seu sentimento pelo Ramalhão supera qualquer coisa. "Tenho carinho que extrapola as quatro linhas, que passou de pai para filho. Foi muito doloroso para mim no ano passado cair com o time que ajudei a subir para a Série B (2003)", disse o goleiro, que é filho do ex-treinador andreense Luiz Carlos Ferreira. "Estou à disposição para ficar no clube e formar o grupo que não permita mais decepção a todos", completou.

Segundo o goleiro, ainda não houve procura da diretoria para renovação de contrato. Mas as expectativas são as melhores. "Estão procurando jogadores com identificação, que joguem por prazer e estou disposto a vestir essa camisa, de corpo e alma, e ajudar na reconstrução da equipe."

No que depender da nova postura dos dirigentes andreenses, que buscam time barato e com 50% de jogadores oriundos da base, a vontade de Gustavo pode não ser o bastante, já que os jovens William e Paulo Vitor, que estiveram no grupo do Paulistão, enquadram-se melhor no perfil