Técnicos da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) estiveram nesta quarta no Residencial Barão de Mauá, no Parque São Vicente, e instalaram dois equipamentos para fazer o monitoramento da qualidade do ar no condomínio. Um dos aparelhos, móvel, vai ficar a cada dia em um ponto diferente na área externa do condomínio, como playgrounds e estacionamentos. O outro ficará no interior de um apartamento, por um período de 15 dias.

A colocação dos equipamentos, segundo a Cetesb, permitirá levantar dados que serão comparados com os que devem ser fornecidos pela SQG Empreendimentos e Construções, empresa responsável pela construção dos prédios e que tem a obrigação legal de fazer o estudo da qualidade do ar de toda a área. O monitoramento vai estabelecer se o ar está ou não contaminado por benzeno, uma das 44 substâncias encontradas no subsolo do condomínio, construído sobre um aterro clandestino de lixo industrial e orgânico.

O plano de monitoramento foi apresentado pela construtora à estatal por duas vezes, mas não foi aprovado. De acordo com o gerente da Coordenadoria de Gestão em Áreas Contaminadas da Cetesb, engenheiro Eduardo Serpa, a metodologia apresentada pela empresa não é reconhecida dentro ou fora do país. Na próxima terça-feira, vence o prazo para a apresentação do projeto. Depois de aprovado, a SQG deve implementar imediatamente o plano.

De acordo com a Cetesb, técnicos do setor farão a leitura diária dos índices apresentados pelos equipamentos instalados, a fim de ser emitido o relatório a ser juntado ao que será realizado em toda a área do residencial pela construtora. Quarta, o aparelho foi colocado em um dos quartos de um apartamento térreo do bloco 2 da 7ªetapa do condomínio. Ele ficará ligado durante duas horas por dia, sempre no mesmo período, durante 15 dias. Posteriormente, o equipamento será instalado em outro apartamento.

A estatal informou que só ao final do monitoramento deverá apresentar os resultados desse estudo, pois a leitura isolada do equipamento em funcionamento num único dia não é suficiente para determinar se existe ou não a contaminação do ar.