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PF investiga bolsas Escola e Família perto de Manaus
11/05/2005 | 23:53
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Cerca de 280 bolsas Escola e Família, distribuídas por mais de dois anos em Careiro Castanho, a 102 quilômetros de Manaus, estão sob suspeita, investigadas em inquérito aberto no início deste mês pela PF (Polícia Federal). Destas bolsas, segundo o MPE (Ministério Público Estadual), está comprovado que 158 foram dadas a comerciantes, empresários e funcionários públicos municipais.

De acordo com o promotor de Justiça da cidade, Lauro Tavares da Silva, as investigações começaram no início de abril, quando moradores cadastrados para os programas reclamaram que não recebiam os cerca de R$ 90 mensais.

"Alguns chegavam com nomes de pessoas totalmente fora do público alvo do programa, como comerciantes e até uma esposa de vereador (Silva não quis citar nomes)", afirmou.

Depois das denúncias, ele pediu à prefeitura a listagem dos funcionários públicos e à CEF (Caixa Econômica Federal), o cadastro dos bolsistas. Num município de pouco mais de 13 mil habitantes, Silva não teve dificuldades em identificar figuras conhecidas da sociedade local na lista.

Confirmado o crime de falsidade ideológica cometido pelos acusados que recebiam o benefício sem se enquadrar no perfil a quem se destinavam, conforme o promotor de Careiro Castanho, cada um pode ser condenado de um a cinco anos de prisão e a devolver os valores recolhidos. "São funcionários públicos que recebem de R$ 400 a R$ 600 mensais e não preenchem os critérios de pobreza para receber a bolsa", afirmou.




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