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OCDE qualifica Brasil de ‘sócio maior’ e imprescindível
Da AFP
19/06/2007 | 20:28
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A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne os 30 países mais industrializados do mundo, destacou nesta terça-feira que Brasil, Rússia, Índia e China (os chamados Bric) são “sócios maiores” e imprescindíveis no atual contexto econômico, apesar de não integrarem o grupo. Os países respondem atualmente por 45% da oferta de mão de obra mundial e um quarto do PIB (Produto Interno Bruto) do planeta.

Apesar da crescente importância dos quatro países, a OCDE adverte para o preocupante aumento do emprego informal nas quatro economias, e cita o caso específico do Brasil, onde a informalidade atinge 53% do total de postos trabalho.

No mesmo relatório, a organização critica a discriminação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro, e destaca que a integração internacional do Brasil não é acompanhada pelo saneamento do mercado de trabalho ou um aumento dos salários.

A OCDE alerta ainda para o envelhecimento da população no Brasil, que provocará nas próximas duas décadas uma redução importante da atividade econômica, em torno de 50% em relação aos 15 anos precedentes.

Em seu relatório anual sobre as perspectivas de emprego, a OCDE destaca que em lugar de ver a globalização como uma ameaça e o avanço de países como o Brasil como um risco, os 30 membros da organização devem aperfeiçoar suas normas trabalhistas e seus sistemas de proteção social para criar empregos e ajudar seus trabalhadores a enfrentar esta realidade. A organização calcula que entre seus membros europeus, a taxa de desemprego cairá 1% até 2008, situando-se em 6,6%, cifra que segue sendo superior à média da organização.

No documento, a entidade reconhece que a globalização pode aumentar a vulnerabilidade dos trabalhadores, que sentem que não estão aproveitando os benefícios do crescente intercâmbio comercial. “Políticas nacionais cuidadosamente concebidas devem ajudar a incrementar as vantagens da globalização, tratando de reduzir as desigualdades e mostrando que isto é uma oportunidade para todos”, destaca John P. Martin, responsável pela diretoria de emprego da OCDE.

A organização propõe ainda que os países dêem mais apoio financeiro aos trabalhadores no caso da perda do emprego, e dedica um capítulo para analisar se as transferências de empresas para países onde a mão de obra é mais barata estão reduzindo realmente o poder de negociação dos trabalhadores.




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