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Um pedaço da Bienal no ABC
Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
07/04/2002 | 19:27
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Traçar um panorama histórico mundial, da década de 50 à atualidade e com ênfase nas artes plásticas, é o objetivo de Bienal Linha do Tempo, um fragmento da mostra Bienal 50 Anos – Uma Homenagem a Ciccillo Matarazzo que chega ao Grande ABC. Trata-se, na verdade de um enorme painel que integrou o evento – realizado no ano passado em São Paulo – e que serve como uma espécie de incentivo para visitar a nova edição da Bienal que fica em cartaz até 2 de junho no prédio da Bienal no Parque do Ibirapuera.

Entre os dias 17 e 25 deste mês, o painel poderá ser visto gratuitamente no terminal da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) Santo André Leste e Oeste, que fica ao lado da estação ferroviária de Santo André . Depois, a atração seguirá para outros terminais da EMTU (São Mateus, São Bernardo, Piraporinha, Jabaquara e Diadema). Ainda não há datas confirmadas para a exposição nesses locais.

Idealizado pelo designer gráfico, arquiteto e professor de Programação Visual da Fau-Usp (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) Francisco Homem de Melo, a composição que será exibida nos terminais conta com 56 painéis de 1m x 2,20m.

Em 50 deles são explorados os acontecimentos históricos mundiais. Outros cinco trazem textos sobre a Bienal e reproduções de trabalhos de artistas brasileiros feitos para embalagens da International Paper do Brasil, patrocinadora da itinerância da mostra. O último painel é dedicado ao futebol (Copa do Mundo).

“A intenção é que as pessoas façam um passeio pela história por meio das mais de 500 imagens que compõem os painéis, as quais são acompanhadas de textos explicativos curtos. Há assuntos para todos os gostos: do lançamento do Sputnik I ao massacre do Carandiru”, afirma Melo.

“Mas o foco é mesmo na arte. As pessoas entenderão como ela se desenvolveu: da pintura pendurada na parede dos anos 50 até as instalações e videoarte de hoje”, diz Melo.   O Grande ABC é lembrado na mostra por uma imagem que registra as manifestação de operários nos anos 70. Mas há outra relação com a região: uma obra do andreense Luiz Sacilotto está reproduzida no espaço do painel que trata da 1ªExposição Nacional de Arte Concreta, realizada em 1956.

Na Bienal 50 Anos, o painel que aborda os fatos históricos foi exibido em conjunto com outro que trata da trajetória da Bienal. A exposição nos terminais só terá o primeiro. “O trabalho sobre a Bienal é específico. Como o público que freqüenta os terminais é variado, achamos que essa parte sobre a Bienal não seria tão pertinente quanto a do contexto histórico”, afirma Melo.




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