As famílias que têm Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para pagar em janeiro devem começar a se preocupar com a quitação das dívidas ainda neste fim de ano. A orientação é do economista Marcos Antônio Biffi, professor da Fundação Santo André e do Centro Municipal de Ensino Superior (Imes), de São Caetano. Por conta da quantidade de despesas acumuladas para o início de 2002 – além dos gastos tradicionais, muitas pessoas costumam parcelar as compras de Natal e acabam virando o ano com o salário comprometido –, a idéia é programar o pagamento antecipadamente para não correr o risco de ter um rombo no orçamento doméstico.

O IPVA, na opinião do economista, pode ser parcelado. Segundo Biffi, o desconto oferecido para o pagamento à vista é baixo, de 3% a 5%, e não vale a pena o consumidor comprometer ainda mais a remuneração de janeiro com a quitação do imposto.

Com relação ao IPTU, a dica é verificar nas administrações municipais quais serão os porcentuais de desconto para o pagamento da conta à vista. Se o índice for superior a 10%, o conselho é optar pela quitação imediata do débito. "Cada prefeitura tem o seu porcentual de desconto e os valores já devem estar definidos", afirmou.

As famílias que tiverem outras contas a pagar, como por exemplo aluguel e condomínio, devem, se possível, agendar com o banco o pagamento dos compromissos na data do vencimento ou, até mesmo, antecipar estas parcelas.

Despesas escolares – Quem tem filhos em idade escolar, pode começar a comprar o material neste mês. Segundo Biffi, as escolas, tanto particulares quanto estaduais, divulgam a lista para os pais na segunda quinzena de janeiro e, nesta época, é comum os preços subirem por conta da procura. "Claro que os pais não saberão quais livros comprar para os filhos, mas o material básico, como lápis, borracha, caderno, pastas e mochila, pode ser adiantado."

Já sobre as matrículas escolares, o economista avaliou que a maioria das instituições tem antecipado o pagamento de janeiro para dezembro. "É uma despesa a menos em janeiro, mas de qualquer forma as famílias terão de pagar prestação de dezembro mais a matrícula."