Política Titulo Represália?
Dissolvidos reclamam de desfiliação autoritária

Comissão provisória do PMDB mauaense desligou militantes que acionaram partido na Justiça

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
16/11/2011 | 07:46
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Integrantes do diretório do PMDB de Mauá dissolvido em junho acusam a comissão provisória da sigla de tê-los desfiliados de forma autoritária, sem terem sido notificados ou ter aberto processo na comissão de ética para suas expulsões. O grupo, liderado pelo ex-vice-presidente, Denílson Martins da Silva, afirma ser vítima de represália por acionar a Justiça para tentar retomar o comando do partido.

"Esse pessoal (comissão provisória) é inconsequente e imaturo", critica Denílson, ao atribuir o ato à deputada estadual Vanessa Damo e a seu marido, José Carlos Orosco Júnior, presidente da comissão provisória. "Eles arquitetaram isso. Passam por cima de todo mundo."

O advogado do bloco, Leandro Petrin, protocolou petição nos cartórios eleitorais de Mauá para reaver as filiações. No sistema do Tribunal Superior Eleitoral já constam as desfiliações, datadas de 2 de julho, duas semanas após a intervenção, mas um mês antes de os ex-dirigentes acionarem a Justiça contra a dissolução.

"Parece-me que o partido passou informações equivocadas (desfiliações). Se quisesse expulsar, deveria notificar para que apresentassem defesa (conforme prevê o estatuto do PMDB). Atos arbitrários não se sustentam", analisa Petrin, confiante em reverter a situação.

Por outro lado, Orosco ressalta que, se houve erro, será corrigido, e ironizou a atitude de Denílson, que foi à Justiça sem antes procurá-lo. "Ele é tão insignificante que não acompanhei se ele pediu desfiliação ou não. Para mim, não representa nada. Desfiliar o Denílson ou o João da Silva é a mesma coisa."

A ironia na fala do mandatário permaneceu ao comentar a suposta participação de Vanessa no caso. "Quem cuida do partido sou eu, mas arquitetura é para algo grandioso. Não vou perder tempo para matar formiguinha. Se o Denílson começar a encher, abro processo para expulsá-lo."




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