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Israel lança satélite espião para vigiar o programa nuclear do Irã
Da AFP
25/04/2006 | 18:20
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Israel lançou na noite desta terça-feira, dia de comemoração da Shoah - o holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial - um satélite espião aperfeiçoado que permitirá ao país manter o Irã sob estreita vigilância.

O novo satélite de observação D3 Eros B1 foi lançado do centro espacial militar situado na região de Amour, no Extremo-Oriente russo, por um foguete do tipo Topol de combustível sólido, indicou a agência russa de notícias ITAR-TASS, citando um porta-voz do centro, Alexeï Kouznetsov.

O satélite de espionagem de 280 quilos, foi construído pela IAI (Indústria Aeronáutica Israelense), segundo um comunicado da empresa ImageSat, encarregada de supervisionar o projeto. O aparelho dispõe de câmeras que permitem identificar objetos de 70 centímetros a uma altura de 480 a 600 quilômetros e realiza o movimento de rotação em volta da Terra em 90 minutos. "Esta câmera possui um olho que tudo vê e permite aos agentes de Inteligência observar os menores detalhes das instalações sensíveis", frisou um especialista.

O satélite foi colocado em órbita cerca de 20 minutos após seu lançamento, indicou a ITAR-TASS. O lançamento coincide com a Shoah, que lembra o genocídio de judeus promovido pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Um conselheiro da Presidência, Raanan Gissin, explicou que "a data do lançamento deste satélite foi fixada seguindo razões técnicas, mas o fato de coincidir com a Shoah tem um valor simbólico inegável, e mostra que Israel dispõe hoje de meios para se defender que os judeus não tinham há mais de 60 anos".

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, declarou nesta semana que o Irã representa uma "ameaça potencial" para o Estado hebreu.

"O tema (nuclear) iraniano é uma questão central e ocupa o primeiro lugar das prioridades do Estado de Israel. É uma ameaça potencial para a existência de Israel", declarou Olmert.

O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, voltou a criticar recentemente o Estado hebreu e assegurou que o "regime impostor de Israel não pode sobreviver".

Segundo um informe secreto ao qual o jornal israelense Haaretz teve acesso, o programa nuclear do Irã representa uma "ameaça existencial" para Israel.

O ex-primeiro-ministro israelense Shimon Peres comparou nesta terça-feira Ahmadinejad a Adolf Hitler. "Depois de Hitler, é o primeiro homem que se ergue para dizer que o povo judeu deve ser exterminado", declarou Peres à rádio pública em Cracóvia (Polônia), onde participa das cerimônias da Shoah.




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