Em meio ao anseio de reestruturação do PMDB na região com a filiação do supersecretário da administração Aidan Ravin (PTB), Nilson Bonome, outro que está de malas prontas para integrar as fileiras da sigla é o superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e ex-vereador de São Caetano, Ângelo Pavin, hoje no PTB.

O presidente do diretório estadual da legenda, Baleia Rossi, revelou que alinhou o discurso para que Pavin migre de partido nos próximos dias. "Ele está vindo para o PMDB. Ainda não foi efetivado o ingresso, por isso não detalhamos data. É uma liderança importante que queríamos trazer aos nossos quadros para fortalecer a reformulação prevista", avaliou o comandante, referindo-se aos três mandatos de Pavin na Câmara são-caetanense.

Pavin adiantou que tem grande vontade de voltar à vida política. Mas, por enquanto, não pensa em candidatura. "Fui bem acolhido no PTB, porém o partido já está completo em São Caetano, com o prefeito (José Auricchio Júnior), o vice (Walter Figueira Júnior) e os cinco vereadores. É muito pouco para muita gente." Apesar de esconder suas pretensões políticas, nos bastidores, comenta-se que ele tentará vaga no Legislativo em 2012.

Segundo o ex-vereador, o PMDB se mostrou aberto para mudanças em vista o desejo por arregimentar força. "Visualizo horizontes mais promissores no PMDB, que pretende fazer uma revolução do bem. Além disso, tenho amigos de longa data, como o Michel Temer (presidente nacional da sigla licenciado) e o Nilo (Figueiredo, comandante do diretório municipal de São Caetano)."

A ideia de Pavin é se manter na administração da cidade vizinha, pelo menos por enquanto. "Cumprirei meu papel no Semasa até quando o Aidan definir. Se eu deixar o comando, saio do Semasa pela porta da frente, da mesma forma como entrei."

De acordo com Baleia Rossi, o partido está interagindo com lideranças tradicionais de São Caetano, sem desprestigiar as figuras históricas do diretório. "Estamos mantendo diálogo com o (ex-deputado Floriano) Leandrini para garantir participação no processo de crescimento. Queremos adequação, porém sem ruptura. A ideia não é excluir ninguém e sim incluir."

Diante do panorama, a possibilidade de rompimento com o governo Auricchio aumenta. Entretanto, o racha deve acontecer apenas depois das convenções, em setembro. "A orientação prioritária neste momento é lançar prefeitos em 2012 nos municípios ou pelo menos garantir a indicação do vice. Nosso intuito não é ser linha auxiliar. Caso (em São Caetano) exista quadro fechado, vamos prover outra alternativa", analisou Baleia.