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Protestos contra alta do petróleo perdem fôlego na Europa
Do Diário do Grande ABC
15/09/2000 | 13:09
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O fim dos protestos na Gra-Bretanha, Bélgica e Itália pode significar um fim de semana tranqüilo nas estradas dos principais países europeus, que vivem há uma semana em suspense com os bloqueios às refinarias e depósitos de combustíveis.

O preço do petróleo do tipo Brent subiu a US$ 32,90 no mercado de Londres nesta sexta-feira, na metade do dia.

A alta dos preços, que alcançou esta terça-feira US$ 34,37 por barril, combinada com a forte imposiçao fiscal, continua apresentando problemas em outros países europeus.

O ministro britânico do Interior, Jack Straw, defendeu nesta sexta-feira a intransigência do governo, que pôs fim ao conflito sobre o preço da gasolina sem ceder nada aos manifestantes.

A firmeza de Tony Blair inspirou o Primeiro-Ministro belga, Guy Verhofstadt, que nao cedeu às pressoes dos caminhoneiros por uma reduçao dos impostos.

A mais radical das três federaçoes de transportes capitulou na noite de quinta para sexta-feira, após cinco dias de conflito.

Os protestos que se espalharam pela Europa começaram pela França, onde na semana passada os caminhoneiros, taxistas e agricultores arrancaram importantes concessoes ao governo.

O governo italiano aceitou também nesta sexta-feira reduzir os impostos em 0,06 euros por litro para os caminhoneiros.

Na Noruega, o sindicato patronal dos transportadores das estradas suspendeu uma greve nesta sexta-feira, após ter recebido garantias de que a questao da reduçao dos impostos sobre o diesel seria examinada, dentro do projeto de orçamento para 2001.

A mobilizaçao continuava em vários pontos da Europa nesta sexta-feira.

Na Alemanha, várias centenas de tratores e caminhoes de agricultores desfilaram lentamente nas auto-estradas do Leste do país, enquanto que cerca de 240 táxis, caminhoes e tratores desfilavam nas ruas de Bremen (Norte).

Todos protestavam contra o chamado ``imposto verde', taxa suplementar sobre a energia, decidida pelo governo para compensar em parte as reduçoes fiscais.

O chanceler excluiu na quarta-feira a possibilidade de suspender o imposto, mas o ministério das Finanças admitiu na quinta-feira que o governo estudava compensaçoes sociais para algumas profissoes.

Na Holanda, mais de 250 caminhoneiros desfilaram com calma em Haia, num protesto dos sindicatos dos caminhoneiros, cujos representantes entregaram uma petiçao durante o dia ao ministério das Finanças.

Paralelamente, numerosos caminhoneiros organizaram barricadas, provocando importantes engarrafamentos em todo o país.

Na Polônia, os caminhoneiros e motoristas de táxi iniciaram também uma marcha lenta após o fracasso das negociaçoes com o governo na quinta-feira.

Na Espanha, a cidade de Barcelona, a segunda mais importante do país, se uniu ao movimento europeu com uma série de marchas lentas que provocaram engarrafamentos essencialmente nos acessos da cidade, segundo a polícia.

Várias dezenas de caminhoes e táxis, com as buzinas tocando, marchavam lentamente nas vias de acesso à capital catala, após uma convocaçao das associaçoes de caminhoneiros e dos taxistas, precisou um porta-voz da polícia.

Na Irlanda, vários milhares de caminhoneiros promoveram também uma série de desfiles em marcha lenta e barreiras nos principais entroncamentos das estradas federais.

Na República Tcheca, os caminhoneiros suspenderam o bloqueio após ter obtido esta sexta-feira uma promessa de negociaçao por parte do Primeiro-Ministro Milos Zeman.




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