Os advogados da acusação do caso Michael Jackson exibiram, nesta sexta-feira, à Corte de Santa Maria (Califórnia) as impressões digitais do astro e sua suposta vítima encontradas numa revista pornográfica, apreendida em 'Neverland', a fazenda do artista.

As impressões foram descobertas na revista 'Barely Legal Hardcore' que foi apreendida pela Polícia durante uma revista na fazenda do músico em novembro de 2003, contou um detetive.

Com isto, os promotores tentam provar sua teoria de que Jackson mostrou fotos pornográficas a sua suposta vítima para depois abusar sexualmente dela.

Robert Spinner, especialista jurídico da polícia de Santa Bárbara, indicou que 12 das 19 impressões digitais identificadas correspondiam às de Jackson, cinco às do jovem que acusou o artista de abuso sexual e duas do irmão menor da suposta vítima.

"As impressões digitais são importantes porque os meninos (os dois irmãos) testemunharam que Michael Jackson lhes mostrou pornografias", disse o especialista no assunto Jim Moret. Mas a defesa de Jackson tenta provar que a suposta vítima, um jovem que agora está com 15 anos, e seu irmão, de 14, olharam as revistas por vontade própria, sem a companhia de Jackson.

O advogado de Jackson, Robert Sanger, demonstrou, com ajuda de um especialista, que ninguém poderia saber a data em que as impressões digitais foram registradas na revista.

Nesta sexta-feira Jackson chegou com aspecto saudável à Corte de Santa Maria, vestido com uma jaqueta preta.

Jackson, 46 anos, enfrenta dez acusações, entre elas abuso sexual, conspiração para seqüestro e por ter dado álcool a menores. O artista, pai de três filhos, nega todas essas acusações.