Mais do que deslizar tranquilamente e ser fera nos patins, tem galera - formada, principalmente, por meninas - que pratica um esporte em que empurrões e quedas fazem parte do jogo. É o Roler Derby, competição criada nos Estados Unidos na década de 1930 e que já ganhou adeptos em todo o mundo, incluindo, no Brasil.

Trata-se de dois times que atuam cada um com cinco garotas sobre patins quad (quatro rodas paralelas). Elas dão voltas em uma pista oval, inclinada ou plana (no Brasil há só a plana), com o objetivo de impedir a atacante do time adversário de furar o bloqueio.

Ontem as meninas da liga Gray City Rebels, de Sampa, fizeram demonstração do esporte em São Caetano. "Tem muita gente que acha que o Roler Derby é bruto, mas tem a maneira certa de jogar", explica Mariana Teixeira, 23 anos, veterana da equipe. Segundo ela, os treinos são também para ensinar a cair do jeito correto. "Não pode cair esparramada e é preciso usar todos os equipamentos de segurança, inclusive, protetor bucal."

Para participar, é preciso ter a partir de 18 anos e, claro, saber andar muito bem de patins. Só que não é apenas isso. "Mais do que equilíbrio, é preciso aguentar o tranco e ter força para empurrar também. Tem de ficar na posição correta", diz a patinadora, que treina três vezes por semana com a liga.

As novatas são chamadas de Carminhas e fazem teste após três meses de treino para tentar virar veterana. São avaliados o equilibrio, a resistência física (25 voltas na pista em cinco minutos) e se aguenta os ‘empurrões'. "O bom é que é um esporte democrático quanto ao tipo físico. Tem magrinhas, gordinhas, altas e baixas." Em outubro (dias 12, 13 e 14) rola o 1º Brasileirão de Roller Derby, no Rio de Janeiro, e as meninas do Gray City devem participar. Conheça a liga no www.graycityrebels.com.br

Lembra do filme Garota Fantástica (2009)?