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Solução para Kosovo fora da ONU seria um precedente perigoso
Da AFP
07/12/2007 | 14:50
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Regular a questão do estatuto do Kosovo fora dos domínios da ONU criaria um precedente e conduziria a Europa a uma "queda arriscada" de "conseqüências imprevisíveis", advertiu na sexta-feira o ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

Na sexta-feira, a Otan decidiu manter sua força em Kosovo, a KFOR, que conta com cerca de 17 mil soldados. Mas deixou para os ministros de Relações Exteriores da União Européia, que se reúnem segunda-feira, a função de chegar a um consenso sobre a possibilidade de conceder uma declaração unilateral de independência de Kosovo, julgada provável no início de 2008.

O ministro das Relações Exteriores russo, que apóia a Sérvia, alertou que uma decisão que não envolvesse as Nações Unidas levaria a Europa a "uma perda arriscada". "Isso não contribuirá para a estabilidade na Europa", disse ele. O porta-voz na Otan, James Appathurai não escondeu que a divergência com Moscou sobre o Kosovo ainda continua.

Appathurai considerou que os esforços infrutíferos dos mediadores (União Européia, Rússia e Estados Unidos) para se chegar a um compromisso durante as últimas reuniões "demonstraram que não era possível avançar nem por Pristina, nem por Belgrado".

Lavrov, no entanto, discorda. Para ele, nem tudo está perdido: "os mediadores fizeram um bom trabalho. As discussões diretas (entre Pristina e Belgrado) foram lançadas. Belgrado fez proposições flexíveis", considerou ele.

O chefe da diplomacia russa ainda pediu a "todos os que dizem que não há outra solução" a não ser a separação do Kosovo que "não bloqueiem o processo" e a deixarem que as discussões continuem.

Os kosovares albaneses afirmaram que no caso do fracasso das negociações, eles proclamariam a independência de Kosovo unilateralmente, mas que isso seria feito em harmonia com americanos e europeus.




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