Os Estados Unidos intensificaram a retórica contra a Síria, acusando Damasco de estar por trás da nova onda de atentados suicidas no Iraque e ameaçando com ações internacionais não especificadas, caso as autoridades da Síria não reprimam os militantes islâmicos que utilizam seu território como base de passagem.

"Pessoas inocentes estão sendo destroçadas em explosões no Iraque porque a Síria está permitindo que seu território seja utilizado por terroristas que estão espalhando assassinatos e caos no Iraque, e não vão ter êxito", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Adam Ereli.

O porta-voz insistiu que a comunidade internacional "não vai permitir que isto continue acontecendo", mas não disse se os Estados unidos apresentarão uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU.

Ereli disse que o mundo vai agir "porque a Síria, cada vez mais, está sendo reconhecida como um elemento de desestabilização na região".

Quase 200 pessoas foram assassinadas no Iraque desde quarta-feira, quando militantes islâmicos iniciaram uma nova onda de atentados suicidas, sobretudo contra membros da comunidade xiita.

"O governo sírio pode fazer algo sobre o que está diretamente ligado à insurgência no Iraque", concluiu o porta-voz ao denunciar o fracasso de Damasco em controlar os extremistas islâmicos.