"Queremos aproximar quem participa da produçao antes da porteira e depois dela", explicou. Por isso, além de entidades representativas do produtor, como a Leite Brasil, a Láctea abre seus trabalhos com sócios como o Sindicato das Indústrias de Raçao (Sindiraçao), o das indústrias farmacêuticas, o Instituto Brasileiro do Consumidor e empresas como Guabi e Behringer. "Queremos fortalecer a cadeia", reforça Jank.

Para manter a uniao de participantes tao diferentes, a Láctea terá como filosofia a discussao apenas de assuntos convergentes, ou seja, que representem o interesse de todos os participantes. Preço do leite, por exemplo, nao fará parte das discussoes, ao contrário da sua fiscalizaçao. Essa será uma das primeiras açoes da nova associaçao. A Láctea está dando apoio, inclusive financeiro, para a iniciativa da Secretaria de Agricultura do Estado de Sao Paulo, em conjunto com a Leite Brasil, para intensificar a barreira contra o leite clandestino que entra no estado - cerca de 47% do total consumido. Outra idéia da entidade que já deixou o papel e começa a ser vista pelo consumidor é a do selo de adesao. Todas as empresas filiadas terao direito a veiculaçao em seus produtos de um selo da Láctea. "Com isso o produtor conseguirá identificar quem está contribuindo com o segmento leiteiro", explicou Jank.

Quem tiver o selo estampado em seus produtos é um sócio que paga mensalmente sua taxa de adesao. A meta é arrecadar R$ 1 milhao por mês. Embora esse número ainda esteja distante, o presidente da Láctea e está confiante. Ele destaca que os recursos possibilitarao, entre outras coisas, a realizaçao de campanhas mercadológicas para aumento do consumo. A primeira delas, em estudo por uma agência associada, vai mostrar ao consumidor as diferenças entre os tipos de leite.

Jank está otimista e aposta na sensibilidade do setor para responder ao uso e procura pelo selo. A entidade abre com mais de 20 sócios e com a perspectiva de crescimento e apoios futuros.