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Em Diadema, servidor público rejeita proposta de reajuste de Mário Reali
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
23/04/2010 | 07:49
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Cerca de 150 servidores públicos de Diadema rejeitaram ontem à noite, durante assembleia na sede do sindicato, a proposta do governo Mário Reali (PT) à pauta de reivindicações da campanha salarial 2010. O ‘não' da categoria, com direito à vaia, ficou especialmente pelo "compromisso" da administração em pagar somente dia 1º de novembro a inflação integral do período, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 4,77% sobre os salários. Em tempo: a data-base é março.

Os cerca de 7.100 servidores, entre efetivos e comissionados (cargos de confiança), pleiteiam 11% de reajuste - 5,62% referente à inflação acumulada entre março de 2009 e fevereiro de 2010 e 5,38% de aumento real. Neste caso, o reajuste foi calculado com o índice do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos), maior que o do INPC, vinculado ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para a diretoria do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema), a proposta é inaceitável. "Os 4,77% não garantem o nosso poder aquisitivo", afirmou Jandyra Uehara Alves. E foi além: "Questionei o governo sobre como ficam os oito meses até novembro, além do retroativo, mas não tive resposta".

Outro ponto de discórdia dos líderes sindiciais ficou por conta de a gestão petista ter proposto 4,77% também sobre o valor atual do vale-alimentação para todos os servidores. "Correção de cesta básica se dá pelo IGP (Índice Geral de Preços). Estamos falando de alimentação", disse Jandyra, exaltada. A categoria reivindica que o benefício seja reajustado de R$ 170 para R$ 225, por mês.

A primeira proposta oficial da Prefeitura apresentada ao sindicato foi assinada por quatro secretários (Gestão de Pessoas; Planejamento e Gestão; Finanças e Assuntos Jurídicos).

No ofício do governo constam sete itens, entre eles a "retomada imediata do estudo de viabilidade financeira para implantação do plano de carreira da GCM (Guarda Civil Municipal) aprovado em 2009". O que foi criticado pela presidente do Sindema. "O plano não tinha de estar aqui. É página virada e foi discutido na campanha do ano passado. O governo tem é de aplicá-lo", alfinetou.

MOBILIZAÇÃO - Na assembleia, alguns funcionários defenderam a decretação de greve por tempo indeterminado. Porém, uma plenária aberta dia 27 definirá as ações de mobilização da categoria. Na mesma data, o sindicato se reúne com o governo para nova rodada de negociação.

No Paço, ainda pela manhã, o prefeito Mário Reali foi indagado sobre a proposta da Prefeitura que estava sendo apresentada ao sindicato. "Não falo antes da assembleia por respeito", afirmou. No entanto, comandou reunião às 8h com representantes da Educação para falar das dificuldades de conceder o rejuste.




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