A moeda norte-americana terminou o pregão com desvalorização de 0,48%, cotada a R$ 3,09 para a compra e a R$ 3,095 para a venda. A Bolsa de Valores de São Paulo, por sua vez, fechou com o índice positivo em 4,35%, aos 10.097 pontos. O volume financeiro, no entanto, ainda é considerado baixo pelo mercado. Nesta segunda ele foi de R$ 483 milhões.

Depois do encontro entre as autoridades brasileiras e banqueiros estrangeiros, as instituições privadas internacionais divulgaram uma nota garantindo que não retirarão os financiamentos do país. Assim, aumentou entre investidores e operadores a expectativa de que, nas próximas semanas, possa haver até mesmo um aumento nas linhas de crédito às empresas brasileiras, o que elevaria a oferta de dólares no país, favorecendo o recuo da moeda.

No câmbio, outro fator que contribuiu para a queda do dólar foi o novo leilão de US$ 100 milhões promovido pelo Banco Central a bancos cadastrados. Com a venda da moeda norte-americana, o governo procura lançar linhas de crédito aos exportadores brasileiros. A operação desta segunda, assim como na sexta, foi bem sucedida. A taxa cobrada sobre o empréstimo foi de 5% ao ano, ainda menor do que a verificada no leilão de sexta.

Na Bovespa o principal destaque ficou por conta das ações da Embratel, que apresentaram uma elevação de até 16,5% no pregão. Segundo operadores, a valorização aconteceu principalmente devido a rumores de que a empresa, controlada pela norte-americana WorldCom, possa vir a ser negociada.

Outro forte rumor que rondou as mesas de câmbio nesta segunda foi uma eventual subida de José Serra (PSDB), candidato do governo à Presidência da República, em pesquisa Ibope que será divulgada nesta terça. A suposta arrancada do tucano seria conseqüência do início dos programas eleitorais e dos sucessivos ataques contra o candidato da Frente Trabalhista à sucessão, Ciro Gomes (PPS).