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Paulo Coelho se candidata à Academia Brasileira de Letras
Do Diário do Grande ABC
27/10/2000 | 14:54
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O escritor brasileiro mais vendido de todos os tempos, Paulo Coelho, está pronto para apresentar sua candidatura à Academia Brasileira de Letras, apesar de se considerar um ET da literatura do Brasil.

``Entrar na Academia é o sonho de qualquer autor', reconheceu o autor à imprensa nacional nesta sexta-feira.

A Academia está mais aberta do que no passado, considerou o escritor ao anunciar que para sua candidatura ``o momento deve chegar daqui a quatro anos'.

``Correrei o risco de uma candidatura. Perderei ou ganharei, o que nao posso fazer é me omitir', disse o guru de milhoes de pessoas em cinco continentes, que escreve best-sellers há 15 anos apesar de ter sido chamado de autor ``menor'.

Paulo Coelho lançou seu último livro, ``O Demônio e a Srta.Prym', a 6 de outubro passado na Academia Brasileira de Letras, segundo ele porque ``pensei que era boa idéia mostrar que a Academia está aberta a todo mundo'.

Mais venerado no exterior do que em seu país, ele afirmou que ``me vejo como um ET na literatura brasileira (...) Muita gente disse que minha obra era superficial e nao sobreviveria, pois tenho 15 anos de sucesso, e sem fazer parte dos grupinhos literários do Brasil'.

``Aprendi a lidar com a crítica e levar golpes', disse também, destacando que dele se esperou que escrevesse sobre o Brasil, coisa que nao fez.

``Todo mundo espera que um escritor brasileiro escreva sobre o Brasil. Nao escrevo sobre o Brasil, mas vejo o mundo com um olhar brasileiro, um olhar que nao separa o mágico do real. Ganhei leitores estrangeiros por ser brasileiro', prosseguiu.

O escritor de 53 anos, que vive em frente ao mar em um apartamento de Copacabana, conta que seu sonho de ser escritor vem desde a infância, quando esperava ``conseguir a imortalidade' com sua obra.

Esse objetivo teve uma primeira transformaçao quando nos anos setenta ``queria me converter em intelectual incompreendido que morreria pobre e seria descoberto 30 anos depois'.

Mais tarde, conclui, aprendeu ``que a realidade da vida é a realidade do mercado'.




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