O ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurou tranqüilizar nesta sexta-feira os investidores quanto às influências da crise financeira nos Estados Unidos, que se intensificaram hoje na economia brasileira. Segundo o ministro, a turbulência não afetará a estratégia de redução da Selic (taxa básica de juros), iniciada em setembro de 2005.
"O Copom (Comitê de Política Monetária) olha para a inflação interna. Vê se há algum problema de inflação subindo, ou não. Se estiver dentro da meta, a Selic pode continuar caindo", afirmou Mantega. Ele acrescentou, em seguida, que a inflação está "sob controle e não terá nenhuma repercussão dessa turbulência internacional".
Segundo Mantega, a previsão de inflação para este ano continua abaixo de 3,8%. Ele disse que, se de um lado há pressão na inflação por causa da alta de alguns alimentos, como o leite, de outro, há uma desaceleração nos preços administrados, como nas tarifas de energia. "A nossa Selic está bem calibrada", garantiu.
O ministro afirmou ainda que, caso haja reflexos da turbulência internacional na taxa de juros norte-americana, seria para baixo, o que não interferiria no Brasil. "Se, num momento de crise, você elevar a taxa do Fed (Banco Central norte-americano), você quebra o mercado. É um momento, pelo contrário, de distensionar o mercado. Então, se houver mudança, será para menor e não para maior".
Mantega voltou a dizer que a economia brasileira está sólida o suficiente para suportar crises internacionais. "O Brasil está no time daqueles países muito sólidos, que estão habilitados para enfrentar um nervosismo maior ou menor".Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.