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Santo André defende contratos
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
28/05/2009 | 07:40
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A Prefeitura de Santo André contra-atacou e apresentou ontem documentos que ajudam a desconstruir a tese da oposição de que os atuais contratos emergenciais nas áreas de Educação e Inclusão Social custam mais do que os mantidos durante a gestão petista.

Anteontem, o vereador Tiago Nogueira, presidente municipal do PT, sugeriu que o contrato firmado com o Instituto Neca (Associação dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas Sobre a Criança e o Adolescente) não teria trazido economia aos cofres públicos, como dissera o prefeito Aidan Ravin (PTB). A principal queixa diz respeito ao custo de cada criança abrigada no Lar São Francisco.

A Prefeitura divulgou recentemente que a auditoria feita nos acordos realizados no governo do PT constatou que cada criança no Lar custava de R$ 4.000 a R$ 5.000 por mês na época em que o abrigo era administrado pelo Instituto Castanheira. Pelos números apresentados pela administração Aidan, após o Neca assumir o abrigo, a cifra chegou a aproximadamente R$ 3.000 (considerando as 166 crianças abrigadas no Lar no início do convênio e a projeção de 12 meses de contrato).

O governo concorda que o número ainda é elevado, mas acredita numa queda acentuada no decorrer da prestação de serviço. "Acredito que não chegaremos a 80% do valor projetado para ser gasto. Temos de percorrer um caminho. Estamos apenas no início da jornada, embora já tenhamos resultados a comemorar", afirmou Ademar Carlos de Oliveira, secretário de Inclusão Social, referindo-se ao fato de em menos de dois meses de trabalho o Neca já ter conseguido desabrigar 31 jovens. "Querem (oposição) avaliar algo antes da execução. Peço que aguardem a construção de resultados, pois aí terão elementos para analisar. Assim, preservam a imagem, evitando fazer afirmações que possam expor a história deles", sugeriu.

Ainda segundo Oliveira, não é possível comparar os contratos do Castanheira (que teria recebido R$ 7,244 milhões em 2008) com o do Neca, cujo convênio é de R$ 8.001,700 (R$ 5.861.360 para o Lar). "O Neca não foi contratado para fazer a mesma coisa do que o Castanheira. Ampliamos os serviços prestados, incluindo mudança na política de abrigos, com a ressocialização do jovem."

Fornecedores - O governo Aidan também contestou a declaração de Tiago Nogueira, que afirmou que o Neca não havia mudado os fornecedores do Lar São Francisco. "Estamos falando de criança. Não dava para cortar investimento logo de início. Conseguimos romper alguns acordos no primeiro mês e continuaremos a fazê-lo. Mas, antes, temos de garantir a rotina e, no processo de construção de resposta, ajustar e lapidar o que está equivocado."

"É desagradável ver um vereador criticar uma questão orçamentária de um trabalho especializado, o qual tecnicamente já deu frutos", lamentou Heloisa Helena Daniel, gestora técnica do Neca.




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