A prometida reforma do Estádio Bruno Daniel e a proposta do Santo André de mandar seis jogos da Série A do Brasileiro para o Paraná ainda provocam polêmica e parecem longe de um ponto final.

Enquanto os torcedores prometem uma mobilização amanhã, durante a partida com o Barueri, contra a mudança do mando de campo no Nacional, o prefeito Aidan Ravin (PTB) e o secretário Edson Salvo Melo (Cultura, Esporte e Lazer) vão hoje a Brasília para uma audiência no Ministério do Esporte.

Entre outros itens da pauta, segundo Melo, eles cobrarão do ministro Orlando Silva aproximadamente R$ 5 milhões para obras de ampliação e reforma do Bruno Daniel, mas não têm certeza se voltarão do Distrito Federal com recursos para o estádio.

"Reconhecemos que o nível atual do Santo André comporta um estádio mais compatível. O atual foge dos padrões que a Série A do Brasileiro exige. Mas é um problema que se arrasta há décadas. Estamos há 90 dias no governo. Faremos aquilo que seja possível e realista em um razoável espaço de tempo", explicou Melo, que também admite acionar a PPP (Parceria Público-Privada), aprovada na Câmara.

"Vamos aguardar os desdobramentos. Mas se o dinheiro de Brasília demorar, usaríamos o Plano B", contou.

Até agora os torcedores do Santo André não assimilaram a ideia de o Santo André enfrentar Palmeiras, Corinthians, Santos e São Paulo em Londrina. e a dupla Grêmio e Internacional em Cascavel. A cota oferecida para cada rodada é de R$ 250 mil, mais 50% da renda, segundo a proposta da agência intermediadora.

Os líderes das torcidas organizadas Tuda e Fúria, Ovídio Simpionato e Renato Ramos (Fúria), respectivamente, contestam a provável transferência. A Falange Azul, do Londrina, se une aos colegas do Grande ABC. O argumento, segundo Ramos, é o de que "um empresário (Beto Scaff, ligado à diretoria do clube), que promete tanto dinheiro ao Santo André, poderia evitar o rebaixamento do Londrina à segunda divisão do Paranaense".