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Ex-policial é condenado por morte de estudante no DF
Do Diário OnLine
11/11/2003 | 19:57
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A juíza Sandra de Santis, do Tribunal de Júri de Brasília, condenou nesta terça-feira, a 17 anos de prisão, o ex-policial civil José Pedro da Silva, 43, acusado pelo assassinato da estudante Michelle de Oliveira Barbosa, 16, no Distrito Federal. A pena foi estipulada em 15 anos de prisão em regime fechado e mais dois anos em regime semi-aberto, por ocultação de cadáver.

As evidências que ligaram o policial ao crime foram fios de cabelo encontrados no porta-malas de seu carro. Um exame de DNA mostrou que a amostra tinha 82% de chance de ser da desaparecida. Este foi o primeiro caso do país em que um exame de DNA acabou determinando a condenação do acusado.

José Pedro teria cometido o crime após descobrir que a menor, sua amante, estava grávida. De acordo com as testemunhas, Michelle não aceitou fazer um aborto e disse ao policial que contaria sobre o romance à mulher dele, o que o revoltou.

Michelle desapareceu no dia 10 de julho de 1998. Seu corpo nunca foi encontrado, mas os jurados concordaram, por cinco votos a dois, com a tese de que o policial matou e queimou o corpo da menina. Eles também concluíram que o acusado agiu com o objetivo de evitar problemas em seu casamento e de não pagar pensão alimentícia ao filho que teria com a adolescente.

O advogado de defesa, Edmilson Menezes, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), por isso o policial deve continuar livre até o julgamento de outros dois recursos. Além disso, levou-se em conta nesta decisão o fato de que o réu é primário, tem endereço fixo e não fez ameaças durante o processo.

O pai de Michelle, Givaldo Barbosa, 47, repórter fotográfico do jornal ‘O Globo’, afirmou que a justiça fez justiça e que agora ele espera que o ex-policial diga onde está o corpo da menina.

Silva negou o crime e o suposto romance com Michelle. Ele disse que estava com um amigo no dia do crime, e que a gasolina de seu carro teria acabado exatamente no momento do assassinato. Porém, este amigo negou ter encontrado com o réu no dia do crime.




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