Acesa com a ajuda dos raios do sol em Olímpia no dia 25 de março, a tocha olímpica chegará ao Brasil no próximo domingo e contará com 120 pessoas para carregá-la, entre elas atletas e celebridades. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, embarcou nesta quarta para a Cidade do Cabo, na África do Sul, para trazer a chama ao Rio de Janeiro. Nuzman desembarcará com o símbolo, às 6h45, na Base Aérea do Galeão. De lá, o presidente seguirá até o estádio do Maracanã, onde o Atleta do Século 20, Pelé, fará o primeiro revezamento na cidade carioca. Nesta quarta, a tocha esteve na China e provocou um misto de felicidade e preocupação.

Milhares de pessoas acompanharam o evento, o que causou um grande congestionamento de carros e muita confusão, pois algumas ruas foram interditadas. O trajeto da chama esteve cercado de segurança porque as autoridades chinesas temiam que o evento fosse alvo de alguma dissidência ou outro movimento de protesto para tornar públicas suas reivindicações.

A tocha olímpica passou por 148 pessoas, algumas delas de bicicleta, em homenagem ao meio de transporte mais popular do país. O atleta mais conhecido da China é o jogador da NBA Yao Ming, que fez a corrida final do percurso, que foi desde da Praça da Paz Celestial até o Palácio de Verão. Os revezadores escolhidos pelo Governo foram destacados como trabalhadores-modelo, por serem pessoas capacitadas em suas profissões.

O próximo desfile do símbolo olímpico está programado para esta quinta, na cidade de Nova Déli, na Índia. Mas os organizadores sofrem com críticas de alguns atletas do primeiro escalão do esporte indiano, pois eles não aceitam a participação de artistas no evento e alegam que existem esportistas importantes na história do país para carregar a tocha. “O revezamento deveria ser feito apenas por atletas. Só aqueles que suaram as camisas em arenas, os que foram bem-sucedidos nas Olimpíadas é que deveriam carregar a tocha”, declarou Ajitpal Singh, capitão da equipe campeã mundial de hóquei na grama de 1975.

Após passar pelos cinco continentes, a chama voltará para a Grécia no dia 9 de julho e será feito uma volta final pelo país antes de entrar no estádio olímpico para acender a pira, a 13 de agosto.