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Funcionalismo em greve recebe apoio da Câmara de Diadema
Nicolas Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
14/12/2006 | 22:33
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A greve de advertência de um dia promovida quinta-feira pelo Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) não resultou em mudança de posição da Prefeitura, mas mexeu com os vereadores. Os 16 concordaram em apresentar uma emenda ao Orçamento, propondo reserva de recursos para o reajuste salarial do funcionalismo e implementação do Plano de Carreira.

Na prática, a emenda transfere para 2007 a discussão do Plano de Carreira, que vereadores e Prefeitura haviam se comprometido a colocar em prática este ano.

Para a presidente do Sindema, Kátia Vassoler, a categoria reivindica reajuste salarial para contemplar a perda de 56% nos salários que vem ocorrendo desde 1997, segundo levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos). Os índices do eventual reajuste que só virá em 2007, por enquanto, sequer foram discutidos.

Bônus - Quinta-feira, diante de uma platéia que lotou o Legislativo, os vereadores se comprometeram a não aprovar uma lei que prorroga a gratificação de até R$ 1,8 mil para os médicos que atuam no município, até que todos os servidores públicos da cidade sejam beneficiados. A prorrogação do bônus deve entrar em pauta na sessão extraordinária da próxima terça-feira. O sindicato afirma que tal gratificação contraria os servidores.

“A negociação entre Prefeitura e sindicato estava ocorrendo ao longo do ano, mas chegou-se a um impasse”, disse a vereadora Irene dos Santos (PT). Segundo ela, o Executivo não cumpriu a promessa feita de finalizar o Plano de Carreiras neste ano.

O oposicionista Wagner Feitoza, o Vaguinho (PSB), acusou o prefeito José de Filippi Júnior (PT) de “não ter vontade política” para discutir reajustes salariais.

Já o líder do Governo, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), disse “confiar no entendimento” entre Prefeitura e sindicato. Ele acredita na votação do Plano de Carreira ainda neste ano, apesar de a última sessão estar prevista para a próxima semana.

Embora o Sindema tenha uma diretoria ligada ao PT, na greve de quinta-feira sobraram críticas ao prefeito, acusado de negligente com o funcionalismo e desinteressado na discussão dos problemas.

Kátia Vassoler revelou que haverá nova mobilização da categoria para acompanhar na Câmara a votação do Orçamento, na segunda-feira. A decisão foi tomada em assembléia que reuniu, de acordo com a sindicalista, cerca de 400 pessoas, no final da tarde, na sede da entidade.



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