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EUA: dados de crescimento aumentam temor de desacelaração
Da AFP
28/02/2007 | 18:12
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Os dados de crescimento econômico dos Estados Unidos para o quarto trimestre de 2006 foram revisados para baixo nesta quarta-feira, fortalecendo assim os temores de uma desaceleração da principal economia do mundo. O crescimento ficou em 2,2% no quarto trimestre, quando as primeiras estimativas haviam apontado 3,5%.

Os EUA registraram um crescimento de 3,3% em todo o ano passado, e não 3,4% como haviam indicado anteriormente. Trata-se de uma pequena aceleração em relação a 2005 (3,2%).

Estas cifras confirmam os temores dos analistas de que, em vez de virar a página no fim do ano, a economia norte-americana ficou presa num crescimento menor do que o experimentado desde o segundo trimestre do ano passado.

Esta preocupação foi despertada nesta segunda-feira pelo ex-presidente do Fed (Federal Reserve) Alan Greenspan, que mencionou a possibilidade de uma recessão até o fim do ano. Ao contrário de seu respeitado antecessor, o novo presidente do Fed, Ben Bernanke, manifestou seu otimismo numa intervenção nesta quarta-feira perante o Congresso.

”A correção da cifra de crescimento inscreve-se melhor em nossa visão da economia do que os dados iniciais", assegurou. O banco central prevê um crescimento moderado no futuro imediato e até uma aceleração se o setor imobiliário residencial começar a se estabilizar e se as empresas aumentarem sua produção.

”Neste caso, existe uma possibilidade razoável de que vejamos a economia se fortalecer um pouco até a metade do ano", afirmou.

No entanto, os economistas apontam uma debilidade preocupante das empresas. "Todo mundo se preocupa com os consumidores, mas os consumidores não são o problema. O problema são os investimentos das empresas", disse Robert Brusca, da FAO Economics.

A principal causa da correção dos números do crescimento é o fato de que as empresas guardaram menos estoques de mercadorias do que o previsto. Por outro lado, os investimentos retrocederam cerca de 2,4%, o que constitui a baixa mais clara desde o começo da guerra no Iraque, no primeiro trimestre de 2003.

Não há garantias de que a tendência possa se inverter rapidamente: na terça-feira, o governo informou sobre uma queda dos pedidos de bens duráveis em janeiro, e a atividade industrial na região de Chicago - berço da indústria automobilística americana - retrocedeu em fevereiro pela segunda vez consecutiva.




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