A Olimpíada está acabando e dificilmente repetiremos a performance de Atenas
A Olimpíada está acabando e dificilmente repetiremos a performance de Atenas, mesmo se algumas modalidades confirmarem a previsão de medalhas. Isso não é bom, até porque alguns atletas eram favoritíssimos e perderam na final.
Não podemos esquecer que há quatro anos o País ganhou cinco medalhas de ouro, quatro de prata e seis de bronze. Até agora, temos uma de ouro e cinco de bronze.
Vamos ficar dependendo do velho e bom futebol. Feminino! Porque o masculino foi pras cucuias. O vôlei também é outra esperança real. Inclusive o feminino, que este ano está jogando bem e convincentemente.
Nesta quinta-feira, tem a final do futebol feminino com os Estados Unidos e a semifinal do vôlei feminino, que pega a China. Somos favoritos em ambos os duelos.
No individual contamos com medalhas de Jadel Gregório e Maurren Maggi. Pode vir também uma conquista na maratona, não se sabe.
O judô conquistou três medalhas de bronze e nenhuma de ouro. A ginástica nenhuma. A natação duas, uma de ouro e outra de bronze. A vela uma de bronze. E Robert Scheidt, que era barbada no ouro, mudou de categoria e agora luta por uma medalha, qualquer que seja.
Há muitos anos, nessa época de Olimpíada, temos batido na mesma tecla: ou se cria uma cultura e se oferece condições de nos tornarmos uma potência olímpica ou continuaremos com esse ufanismo de quatro em quatro anos. Com a palavra nossas autoridades responsáveis.
"Esse Giba é um mascarado."
Repórteres brasileiros reclamando do jogador de vôlei. Com razão!
"O Dunga não teve nenhuma culpa nessa tragédia."
Lucas, meio-campo da Seleção Brasileira, inocentando o treinador.
"Nós estamos frustrados, assim como a torcida."
Hernanes tentando explicar o inexplicável.
"Foi uma decepção total!"
Gianni Carlesso, do Tuttosport, jornal italiano sobre o time do Brasil no futebol.
Orgulho do vôlei
A dupla brasileira Renato Gomes/Jorge Terceiro, que joga pela Geórgia, não foi páreo no vôlei de praia para a dupla norte-americana Rogers/Dalhausser, que está na final. O ambiente na quadra construída para a modalidade é contagiante. Músicas, locutores animadíssimos, chearleaders belíssimas e encantadoras.
Tudo muito alegre
O Brasil será no mínimo medalha de prata no vôlei de praia. Estão na final Márcio Araújo e Fábio Luiz, que venceram os também brasileiros Ricardo e Emanuel. Eles vão enfrentar justamente a dupla norte-americana. Será um jogo empolgante e cheio de alternativas, pois são quatro atletas experientes.
Surpresa
Dunga já sabe que terá muito mais trabalho psicológico do que técnico e tático para levantar o astral de seus jogadores. O Brasil que perdeu a chegada na final para a Argentina ainda tem chance de medalha contra a Bélgica. Apesar da frustração geral, pelo menos o bronze deve ser conquistado.
Rei em Pequim
Nesta quinta-feira, o COB espera pelo menos 500 jornalistas na Casa Brasil, instalada em um elegante hotel de Pequim. Nada mais nada menos porque Pelé será apresentado oficialmente como garoto-propaganda da candidatura do Rio de Janeiro para sede da Olimpíada de 2016. Estarei lá!
Toque Final
Estive quarta-feira à tarde no Palácio de Verão do Imperador. Obra prima da humanidade, segundo a ONU, o conjunto de prédios foi construído há 400 anos e no Século 18 acabou destruído pelo exército anglo-saxônico. Reconstruído pela dinastia Ming, do Imperador Qian Long, um dos maiores da história chinesa, em 1800, tem uma área que foi transformada em museu e parque para visitação. É outro exemplo do destemor e perseverança dos chineses.
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