O Fome Zero, na avaliação de Stédile, não pode ser o “lado bombeiro” do governo. “Distribuir cesta básica é algo emergencial e estamos de acordo porque muitos de nossos acampados precisam de alimento. Mas isso é uma parte pequena. O povo não quer cesta básica, quer trabalho”, afirmou. “O programa tem de ter inserido a idéia de mudança da política econômica para distribuir renda, terra, fazer a reforma agrária e revalorizar a agricultura familiar.”
Stédile pediu aos empresários que estão “bajulando” Lula que não contribuam apenas com cestas básicas para o programa. “Eles devem oferecer trabalho e emprego. Os empresários, que se dizem tão progressistas, não podem simplesmente dar esmolas”, disse.
Alckmin – Ao chegar para a solenidade, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), elogiou a idéia do Fome Zero, classificando-a como correta, mas contou que é contra exigir recibos para comprovar os gastos de R$ 50 do cartão-alimentação. “Tem de confiar que a família sabe das suas necessidades. Mas vamos ser parceiros dessa causa correta”, disse.
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