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Bush diz que Iraque terá 'última chance' para desarmamento
Do Diário OnLine
Com AFP
22/02/2003 | 17:32
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O presidente dos Estados Unidos, George W.Bush, afirmou neste sábado, em Crawford (Texas), que o Iraque terá uma "última chance" de acabar com seu arsenal de armas proibidas. Bush afirmou ainda que a resolução a ser apresentada na próxima semana pelos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU) será um ultimato para o ditador iraquiano, Saddam Hussein.

"No início da próxima semana, trabalhando em conjunto com nossos amigos e aliados, apresentaremos uma resolução adicional ao Conselho de Segurança, que fixará, em termos claros e simples, que o Iraque não está cumprindo a resolução 1441", afirmou o presidente americano.

Bush disse que não vai esperar dois meses para que a medida seja aprovada no Conselho. "O tempo está acabando. Chegou o momento de o Conselho de Segurança demonstrar sua relevância, e acredito que o Conselho de Segurança demonstrará sua relevância, porque Saddam Hussein não se desarmou."

"Discutiremos a resolução com os membros do Conselho de Segurança e ouviremos o chefe dos inspetores (de desarmamento da ONU, Hans) Blix", acrescentou. "Durante as deliberações finais, há apenas uma pergunta que deve ser feita ao Conselho: Saddam Hussein está cumprindo a resolução 1441? Essa resolução não pede indícios de progressos ou concessões menores. Demanda um desarmamento completo e imediato. Esse, e apenas esse, é o tema a ser debatido no Conselho", declarou.

"Ele não tem a intenção de se desarmar, caso contrário já teria feito", sentenciou Bush.

George W.Bush disse que não ficará satisfeito apenas com a destruição dos mísseis ilegais Al Samoud 2, conforme determinou Hans Blix a Saddam Hussein. "Se o Iraque decidir destruir as armas de longo alcance, isso será apenas a ponta do iceberg. Minha pergunta é: por quê não destroem todas as armas, as armas ilegais?", questionou.

O presidente dos EUA se reuniu neste sábado com o primeiro-ministro da Espanha, José Maria Aznar, para discutir a crise no Iraque. O chefe de governo espanhol, aliado de Bush na campanha pró-guerra, disse que fará o possível para convencer os países membros do Conselho de Segurança da ONU que uma ofensiva contra o Iraque é necessária.

Além do encontro com Aznar, Bush manteve contatos telefônicos neste sábado com os primeiros-ministros da Inglaterra, Tony Blair, e da Itália, Silvio Berlusconi. Os dois também são aliados de Bush na campanha contra o Iraque.




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