Ao anunciar os trabalhos de sua comissão, o presidente da mesma, Pierre Nolin, declarou aos jornalistas: "As evidências científicas indicam que a cannabis é muito menos nociva que o álcool e deve ser tratada como um tema social e de saúde pública, não um tema criminal".
Nolin afirmou ainda que sua comissão "não apóia o uso de cannabis para consumo recreativo" e acrescentou que a questão deve ser tratada como "uma opção pessoal, que não deve estar sujeita a punições criminais".
O uso e venda de cannabis, ou maconha, devem ser "regulados pelo Estado como se faz com o vinho ou a cerveja. Por isso nossa preferência pela legalização, ao invés da discriminação".
Porém, devem existir restrições à distribuição da maconha, segundo as propostas da comissão.
A venda e uso por indivíduos menores de 16 anos serão proibidos, assim como a venda para visitantes estrangeiros.
A proibição para pessoas que não moram em território canadense, segundo os integrantes da comissão, tem como objetivo acabar com os temores dos Estados Unidos de que os americanos viajem até o Canadá para comprar maconha e depois contrabandeá-la em seu país.
Por outro lado, apesar do Senado e a comissão especial terem maioria de membros do partido oficial Liberal, não existem garantias de que as recomendações serão adotadas pelo governo.
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