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Brasileiro ganha prêmio internacional de fotografia no México
Da AFP
12/12/2005 | 17:37
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O brasileiro Thiago Barros foi o ganhador do Prêmio Internacional Juan Rulfo na categoria Foto. Entre os outros premiados estão a mexicana Ana Clavel e o peruano Mirko Lauer, na categoria Romance Curto, e o mexicano Pedro Jaime de Isla Martínez, na categoria Conto. Barros ganhou o prêmio pela obra “Soledades”.

O júri encarregado do prêmio destacou que, em suas fotografias, Barros "põe sua sensibilidade a serviço de uma visão muito pessoal. Seus enquadramentos deixam aparecer o essencial da paisagem e do espaço. A narração fotográfica reúne o 'realismo mágico' de Juan Rulfo, mas se renova com a percepção de elementos estranhos, que encontram um lugar na imagem para traduzir sua harmonia".

O Prêmio de Romance Curto foi partilhado por Ana Clavel, por sua obra "Las violetas son flores del deseo", e Mirko Lauer por "Orbitas. Tertulias". Já o Prêmio de Conto foi atribuído a Pedro Jaime de Isla Martínez por sua obra "Papá se pegó un tiro hoy a las 6:25 de la mañana".

Organizados pela Radio France International, o Instituto do México em Paris, a Maison de l'Amerique Latine, a União Latina e o Instituto Cervantes de Paris, os Prêmios Internacionais Juan Rulfo são dotados, respectivamente, de 9 mil euros ou US$ 10,7 mil (romance), 5 mil euros ou US$ 5.950 (conto) e 2 mil euros ou US$ 2.380 dólares (foto).

O Prêmio Internacional Juan Rulfo foi criado em 1983 e passou por uma série de turbulências na edição de 2004, quando o governo mexicano contemplou a possibilidade de retirar seu apoio.

Consultado a respeito, Ramón Chao, membro fundador do comitê organizador e jurado, disse que o Juan Rulfo continuará, embora "vá sofrer mudanças mínimas na formação do júri, a menos que haja novas propostas", em particular da Fundação Juan Rulfo,
 
Chao explicou que "houve problemas com as autoridades mexicanas, em particular com as das relações Exteriores porque quiseram intervir na nomeação dos jurados", integrado por personalidades independentes do mundo literário. Nos mais de 20 anos de existência do prêmio "nunca se admitiu intervenção de nenhum governo", destacou.

O membro fundador afirmou que não existe a possibilidade de se extinguir o prêmio. "Em caso de abandono do México, possibilidade na qual não acredito, há outras instâncias dispostas a se incorporar, mas para nós é preferível que eles continuem, tanto pela necessidade de diversificar o número de co-organizadores, quanto por ser o México a pátria de Juan Rulfo", reforçou.




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