Mundell "estabeleceu as bases para a teoria que domina as consideraçoes práticas da política monetária e fiscal nas economias abertas", declarou a Real Academia de Ciências da Suécia.

"Estou muito satisfeito e surpreso, nao totalmente surpreso, mas um pouco surpreso", disse Mundell, de 67 anos, em Londres.

O economista disse que usará parte do prêmio, no valor de 960.000 dólares, para restaurar um castelo na Itália que comprou "há uns 30 anos".

Mundell preparou um dos primeiros planos para uma moeda comum européia e foi assessor da ONU, do Banco Mundial, de vários governos da América Latina e da Europa, do Fed (o banco central dos EUA) e do governo do Canadá.

Especialistas salientaram que as pesquisas de Mundell deram grandes contribuiçoes além dos círculos acadêmicos, esclarecendo como as taxas de câmbio flutuam quando um governo passa de uma política monetária flexível para outra fixa.

"Há tempos, chegou à opiniao de que a Europa se aproximaria de uma maior integraçao e que a uniao monetária seria algo positivo para a Europa", disse o novo Nobel de Economia.

"Foi muita sorte que o euro tivesse baixa em princípio porque muita gente acreditava que as moedas européias estavam supervalorizadas e que essa era a causa de altos preços e altos salários na Alemanha, na França e na Itália e que essa era a causa do grande desemprego".

O euro, lançado em janeiro a uma taxa de 1,187 dólar caiu até praticamente a paridade com o dólar antes de se recuperar um pouco.

O trabalho mais importante de Mundell foi na década de 60, disse a Academial Ele trabalhou no departamento de pesquisas do FMI de 1961 a 1963, o que, "aparentemente estimulou a decisao de Mundell de se dedicar a problemas de pesquisa e também deu a suas investigaçoes maior peso entre os formuladores de políticas econômicas", acrescentou a publicaçao.