A decisão foi tomada pelo juiz Juan Muñoz Pardo, que interrogou o deputado por mais de três horas. Lagos foi denunciado em janeiro de 2002 pelo advogado Marcos Velásquez, que na ocasião assegurou que, para se candidatar, o deputado supostamente obteve irregularmente um diploma do Ensino Médio.

A denúncia foi apresentada primeiramente no Tribunal de Apelações de Puerto Montt, 1.044 quilômetros ao sul de Santiago. Depois de um recurso sobre a competência dessa corte, o caso foi para um tribunal de alçada de Santiago.

O parlamentar, cuja militância no Partido Radical Social Democrata (PRSD) está suspensa, supostamente adulterou também um certificado de contador. Por esse caso, o deputado Eduardo Lagos teve sua imunidade parlamentar suspensa no dia 26 de agosto pelo Supremo Tribunal.

Lagos já havia perdido seu privilégio em março de 2002, dentro deu um processo por corrupção na administração pública, conhecido como "caso Concubinas", referente a supostos subornos na concessão de autorizações a fábricas de revisão técnica de automóveis.

Por esse caso perderam a imunidade e foram processados outros três parlamentares, um ex-ministro, um subsecretário e funcionários do Ministério de Obras Públicas e empresários.