Não que Angelina Jolie não seja uma boa atriz, mas é óbvio que ela não tem escolhido bem seus papéis. Foram alguns fiascos pós-Oscar de atriz coadjuvante, prêmio que recebeu em 1999 por Garota, Interrompida: o filme de ação 60 Segundos, com Nicolas Cage; Lara Croft – Tom Raider, no qual ela encarna a musa dos videogames; e Pecado Original, que ficou mais conhecido pelas cenas calientes com Antonio Banderas e pelo ciúmes da então mulher do ator, Melanie Griffith (a quem Angelina consolou com uma cantada pública).

Nesta sexta estréia Uma Vida em Sete Dias (Life or Something Like It, EUA, 2002), filme no qual ela interpreta a repórter televisiva Lanie Kerrigan. Moradora de Seattle, cidade onde é vista como uma celebridade, Lanie preenche os requisitos de uma loira-burra (sim, ela está com as madeixas descoloridas). Além de obcecada pela aparência e pela vida social, ela é noiva de um famoso jogador de futebol americano, Cal (Christian Kane).

Até que sua vidinha aparentemente perfeita é modificada por dois acontecimentos. O primeiro, quando é escolhida pelo chefe para participar de um teste para a emissora nacional. E o segundo, quando um profeta de rua chamado Jack (Tony Shalhoub) lhe faz algumas previsões sobre tempo e esportes – e, ao final delas, diz que Lanie morrerá em uma semana.

E como acontece tudo o que o sujeito previu, Lanie passa a acreditar que realmente baterá as botas em sete dias. Com o namorado viajando a trabalho, ela se aproxima do operador de câmera Pete (Edward Burns), com quem, até então, vivia às turras. Uma Vida em Sete Dias pretende questionar o sentido da vida – amor, carreira ou família? Mas se perde em um drama cheio de clichês. Mais uma bola fora de Angelina.