Diadema tem inscriçoes abertas para dois concursos. Um deles para preenchimento de 303 vagas em 56 funçoes nos diversos departamentos da Prefeitura. Um segundo concurso prevê a contrataçao de 135 funcionários na ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema).
O concurso da Prefeitura está sendo realizado pela empresa Cetro Consultoria e Administraçao S/C Ltda, contratada por meio de licitaçao.
Segundo a futura secretária de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, Débora de Carvalho Batista, o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe um prefeito de assumir obrigaçoes que provoquem despesas para o sucessor sem deixar dinheiro em caixa. Como nao pode haver pagamento antecipado para empresas contratadas e a Cetro apenas vai poder receber depois de realizadas as provas do concurso, a conta pode ficar para Filippi.
O prefeito Gilson Menezes (PSB) disse que pretende realizar a prova ainda este ano. O socialista admite que poucos aprovados serao chamados para ocupar cargos vagos ou que forem criados e justifica que um concurso tem de ser feito para vários cargos para que nao tenha necessidade de se repetir editais.
Mas os petistas acreditam que essa é uma tentativa de "engessar" a gestao de Filippi. Os candidatos aprovados ficam em uma espécie de banco ao qual a Prefeitura pode recorrer nos casos de vagas disponibilizadas no prazo de até quatro anos. Ou seja, o próximo prefeito pode até fazer outro concurso, mas tem de contratar de acordo com a lista de aprovados.
Transiçao - Sobre o processo de transiçao, do qual Gilson se recusa a participar, Filippi disse que nao vai mais insistir para formar a equipe ou ter acesso às informaçoes da Prefeitura. "Se agora o sr. Gilson quiser a transiçao ele que nos procure. Vamos assumir a Prefeitura e em uma semana descobriremos os problemas e começaremos a colocar os programas em prática. A posiçao de recusa do Gilson diante do processo de transiçao é um absurdo", disse Filippi.
Os petistas pretendiam formar uma equipe de transiçao para evitar a interrupçao de serviços por conta de contratos finalizados nesta gestao. Gilson se recusou a receber os petistas e disse que nao há transiçao em Diadema, já que ele está questionando na Justiça o resultado do primeiro turno da eleiçao.
"Eles (petistas) vêm bancar os honestos agora. Mas, em 1996, o processo de transiçao que eles fizeram foi uma mentira. Eles só mentiram sobre a situaçao da Prefeitura e, quando eu assumi (em janeiro de 1997), a cada semana tinha uma surpresa desagradável", rebateu Gilson.
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