Política Titulo Eleição municipal
Maria Inês: rejeição do funcionalismo é relativa

Petista disse que influência negativa da classe é relativa
e não pode ser medida neste momento de pré-campanha

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
26/06/2012 | 07:58
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André Henriques/DGABC


A pré-candidata ao Paço de Ribeirão Pires pelo PT, a ex-prefeita Maria Inês Soares, amenizou o impacto da sua rejeição junto ao funcionalismo da cidade. A petista avaliou que a influência negativa da classe na eleição é relativa e não pode ser medida neste momento de pré-campanha. Diferentemente do passado, a postulante à Prefeitura está com tom mais ameno em suas declarações, estilo ‘paz e amor'.

O nome da petista é rechaçado entre os servidores municipais, pois durante seus dois governos (1997-2000 e 2001-2004) ela não concedeu reajuste salarial aos funcionários do Executivo.

O fato tem sido explorado pelos seus adversários. Na convenção que homologou Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), no domingo, como candidato governista, o prefeito Clóvis Volpi (PV) afirmou que assumiu a Prefeitura, em 2005, com funcionários desmotivados porque não haviam recebido "um centavo de aumento".

Para a ex-prefeita, ainda é cedo para medir o impacto dessa rejeição, a qual julga não ser de toda categoria. "Tem um peso relativo. Não estou dizendo isso com desprezo nem arrogância (...) Em primeiro lugar, não é 100% do funcionalismo que só tem críticas ao nosso governo", ressaltou. A pré-candidata reiterou que o trabalho eleitoral junto aos servidores "não é um foco especial".

Maria Inês recordou que na sua gestão implantou a Cooperativa dos Funcionários e criou o Imprerp (Instituto Municipal de Previdência de Ribeirão Pires), além da aprovação do plano de cargos e salários. "Tivemos avanços no funcionalismo, mas não foi possível dar o reajuste que eles queriam, que era um direito. Mas houve outras coisas que foram feitas. Certamente, se nós temos foco de insatisfação, não é completo e total", amenizou a petista.

A pré-candidata observou que o reajuste não foi concedido por conta dos problemas orçamentários da cidade, que lutava para resolver a quitação dos precatórios. "Aquele momento não permitia. Tivemos que resolver problemas gravíssimos que o atual governo não teve que enfrentar", lembrou. Segundo a petista, cerca de 12% do Orçamento da cidade era destinado para pagar dívidas.

Apesar da alfinetada na atual administração, Maria Inês mudou estrategicamente sua postura ácida para um tom mais calmo, que não inclui críticas duras ao prefeito Volpi. "Para mim não interessa fazer uma campanha de ataque, porque tenho trabalho efetivamente realizado, tenho proposta", salientou.

Na convenção governista, o chefe do Executivo esbravejou contra os adversários de Dedé e declarou que "a briga política é com ele". A petista não quis polemizar as declarações. "As pessoas vão avaliar as propostas, a história de vida de cada candidato, não precisamos fazer ataque. Ele nem é o candidato", desconversou.




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