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Lula: recursos na área social devem ser vistos como investimentos
Da Agência Brasil
03/09/2007 | 08:37
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que não se incomoda com as críticas feitas ao governo pelo aumento de verbas para a área social. O Orçamento Geral da União prevê para 2008 R$ 72,9 bilhões para o setor. O valor representa 16,6% a mais em comparação ao que deverá ser gasto este ano - R$ 62,5 bilhões.

Em seu programa de rádio 'Café com o Presidente', Lula reafirmou que os recursos não devem ser vistos como gastos, mas como investimentos para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. "Na verdade não estamos gastando, nós estamos fazendo o investimento mais primoroso do mundo, que é o investimento no ser humano, na melhoria da qualidade de vida das pessoas, na melhoria da possibilidade de crescimento das pessoas. É isso que estamos fazendo e vamos fazer muito mais porque durante 500 anos se trabalhou para aumentar a desigualdade, nós agora temos que trabalhar para diminuir essa desigualdade", afirmou Lula.

O presidente disse ainda que não se incomoda quando a imprensa publica que os gastos do governo vão crescer mais que o PIB (Produto Interno Bruto). "Não me incomoda porque eu sei que o dinheiro que estamos investindo na área social trará como resultado menos jovem na criminalidade, menos gente desempregada, menos gente morrendo por falta de assistência médica, por falta de saneamento básico, por falta de água potável", afirmou.

Na avaliação do presidente Lula, é mais importante dar comida a quem necessita do que investir em infra-estrutura. "Tem gente que faz crítica, tem gente que acha que não deveria gastar com pobre, tem gente que acha que tudo seria transformado em estrada e em portos e eu acho que nós vamos fazer muitas estradas, muitos portos, muitos aeroportos, muita ferrovia, muitas hidrovias, vamos fazer muita  linha de transmissão. Agora, tudo isso é importante, mas mais importante é a gente dar comida para a parte mais necessitada do povo brasileiro", completou.

Para o desenvolvimento social e combate à fome, o Orçamento Geral da União prevê para 2008 R$ 13,24 bilhões, 26,23% a mais do que o estipulado para 2007. Para o Bolsa Família, o governo estima a destinação de R$ 10,4 bilhões, contra R$ 8,6 bilhões deste ano. 

Escolas Técnicas – O presidente afirmou ainda que o governo construirá em oito anos mais escolas técnicas do que foi feito nos últimos 94 anos. "Entre 1909, quando foi feita a primeira escola técnica pelo presidente Nilo Peçanha, até 2003 se construiu no Brasil 140 escolas técnicas. Nós vamos construir, em oito anos, 214 escolas técnicas nesse país. Por que? Porque a educação para nós é o pilar principal que vai levar o Brasil a se transformar em uma nação desenvolvida", disse.

Ele afirmou também que, até o final de 2010, o país terá 10 novas universidades federais e 48 novos campi. "É importante saber que no Plano Plurianual a gente também está privilegiando a educação", destacou. O Orçamento Geral da União prevê para a educação, em 2008, R$ 12,7 bilhões, 31,89% a mais do que neste ano.

Lula comentou ainda, no programa Café com o Presidente, o Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, divulgado na última quarta-feira pelo governo. Ele citou a redução da pobreza e do desmatamento como pontos em que o Brasil já conseguiu avanços significativos.

"O índice de brasileiros vivendo na extrema pobreza caiu de 8.8% para 4.2%. Como o objetivo é reduzir pela metade o número de pessoas que estão em situação de miséria, o Brasil já cumpriu essa meta. Usando o parâmetro do salário mínimo, a taxa de pobreza extrema caiu de 28% para 16% e o da pobreza caiu de 52% para 38%", disse Lula.

"Outra extremamente importante é a questão do desmatamento. Ou seja, nós levamos praticamente três anos para poder preparar o Ibama, para fazer a fiscalização correta e nós reduzimos o desmatamento de forma extraordinária. Entre 2005 e 2007, foram 52% de diminuição do desmatamento numa demonstração de que a gente pode diminuir muito mais o desmatamento, as queimadas, porque agora nós temos como acompanhar, nós temos acompanhamento por satélite, nós temos fiscais monitorando isso toda hora", completou.




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