Em cinco meses de enfrentamentos, mais de dez ativistas palestinos foram mortos, o que os próprios palestinos qualificam como assassinatos israelenses. Israel admitiu a participação em várias mortes, dizendo que responde aos ataques feitos contra os israelenses.

O ferido, Mahmoud Madani, 25 anos, saia de uma mesquita no acampamento de refugiados de Balata, quando foi atingido por disparos, disseram as testemunhas. Os médicos informaram que ele foi atingido por quatro tiros. Uma testemunha, Hilal Shaker, disse ter cruzado com Madani momentos antes ao ataque e que chegou a cumprimentá-lo. ‘‘Uns trinta metros depois ouvi os disparos e vi que Mahmoud havia sido atingido. No começo temi ir ao seu alcance, mas os disparos cessaram e o levamos ao hospital’’, contou.

As testemunhas disseram que os disparos partiram de um posto militar avançado que fica sobre uma colina, controlado pelos israelenses.

Madani é um ativista importante do Hamas na região e já havia estado preso, durante quatro anos, em uma prisão israelense.

Na semana passada, helicópteros da artilharia israelense dispararam contra o carro de Massoud Ayyad, oficial da Unidade Força 17, do líder palestino Yasser Arafat. Israel informou que Ayyad era agente da guerrilha libanesa Jezbolá e que havia disparado morteiros contra um assentamento judeu, em Gaza.

Na cidade de Gaza, cerca de mil palestinos fizeram uma manifestação de apoio ao Iraque, alvo de ataques aéreos americanos e inglês, na última sexta-feira. ’’ Saddam, esperamos que seus foguetes cheguem a Tel Aviv’’, gritava a multidão. Cartazes elogiavam Saddam como ’’ o líder que libertará a Palestina’’.